Um amigo recém-chegado da Europa contou-nos uma experiência curiosa.
Disse que caminhava pelas ruas de determinada cidade europeia, em companhia de seu anfitrião, quando resolveu atravessar a rua a alguns metros da faixa de segurança.
O anfitrião segurou-o pelo braço, impedindo o gesto e observou:
-Não faça isso! Crianças podem estar nos observando e fatalmente irão imitar nossa atitude, atravessando a rua fora da faixa de segurança.
Não sejamos nós exemplo de indisciplina.
Se todos pensássemos e agíssemos assim, a disciplina seria uma realidade em qualquer situação.
Ao contrário, mesmo conduzindo as crianças dentro do próprio veículo, damos múltiplos exemplos de indisciplina.
Avançamos o sinal, paramos em fila dupla, fazemos ultrapassagens perigosas, excedemos os limites de velocidade, entre outras infrações.
O que poderemos esperar das crianças que convivem constantemente com essas situações?
Não nos iludamos que elas, quando crescerem, agirão de forma diferente, pois o exemplo arrasta. Principalmente o exemplo dos pais que, de maneira geral, os filhos têm como heróis.
Esses hábitos observados desde a infância, formarão o caráter dos pequenos, que mais tarde dirigirão pelas ruas e rodovias, tal qual aprenderam com seus pais e outros adultos.
Junto a esses exemplos de indisciplina, há outros não menos prejudiciais.
A mentira, a corrupção, a preguiça, a acomodação, a violência, a indiferença, entre outros.
Alguns pais dirão que, para certos filhos, o exemplo não resolve.
Diremos que, embora os resultados não apareçam de imediato, mais tarde germinarão e frutificarão, desde que as sementes foram lançadas.
E se reforçarmos, com a nossa má conduta, a rebeldia que já trazem do passado, deformaremos ainda mais o seu caráter, e responderemos por isso.
Assim, tenhamos em mente que sempre poderá haver alguém mirando-se nos nossos exemplos.
[com base na Redação do Momento Espírita]
Não há discurso mais equivocado do que o famoso: “faça o que eu digo e não faça o que eu faço”. Apesar de ser importante se comunicar de forma objetiva e coerente, as suas atitudes precisam estar alinhadas na mesma direção da sua fala.
Sempre é bom ter em mente o provérbio: “se as palavras ensinam, os exemplos arrastam”.
Caso contrário, as crianças não saberão como respeitar um pedido que nem mesmo os pais são capazes de colocar em prática.
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