O Senhor dos Anéis, saga Crepúsculo, Harry Potter, Tudo é Rio, A Noite das Bruxas, Violeta… Algum de seus livros favoritos está entre esses? Desde pequenos somos introduzidos no mundo da literatura por nossos pais e avós, com as incontáveis histórias de dormir que serviam para nos acalmar e muitas vezes nos deixavam mais elétricos, mas é a partir da adolescência que vemos quem realmente pegou o gosto pela coisa.
O simples ato de se desligar da realidade e explorar um universo novo é motivo de alegria para os leitores. Seja com os clássicos, um bom thriller policial ou um romance água com açúcar, você lembra qual foi a obra que mudou sua vida?
A analista financeira, Giovanna Brandolin, lembra. Para ela, a paixão pela leitura veio desde muito nova, com a Turma da Mônica. Presente na infância de muitos, o universo de Maurício de Sousa foi a introdução que Giovanna precisava para embarcar nessa jornada. “Ganhei meu primeiro gibi aos 7 anos. Minha mãe comprava em um sebo perto de casa, e acabei aprendendo a ler com eles. Desde então, não parei mais”.
Seja para descansar após um dia corrido ou para aproveitar o tempo livre e se desconectar, os livros têm um lugar especial em sua vida. “Sempre foram um porto seguro em meio ao caos. Hoje não me vejo sem a leitura”, completou.
O primeiro contato com o universo literário de Nilton Serra, coordenador pedagógico, foi um pouco peculiar. Ele recorda de sempre ter uma enciclopédia em casa, mas que o grande ponto de virada foi com o programa do Jô Soares e suas indicações. “Aos 15 anos comprei ‘O Xangô de Baker Street’, em uma Bienal do Livro que fui por conta do Jô, que estava lá. Acho que foi nesse momento que começou um namoro com a literatura”.
Mas foi apenas na faculdade que Nilton se apaixonou verdadeiramente pelos livros com o ‘Evangelho segundo Jesus Cristo’, de José Saramago. Para ele, essa é a possibilidade que a literatura promove: fazer você adentrar um lugar que antes não compreendia. E como um bom amante de livros, ele compartilha em seu Instagram @indicoqueli dicas de livros que leu nos últimos tempos. A ideia surgiu como uma necessidade de extravasar sobre a leitura e acabou virando um hobby.
Incentivado por seu pai, o professor de português, Guilherme Henrique Miranda, conta que criou o hábito da leitura desde muito jovem e, usufruindo de sua biblioteca particular em casa, diz que ‘A Ilha Perdida’, de Maria José Dupré, foi o grande divisor de águas. “O livro conquistou-me de tal modo que eu não pude me conter e passei a desbravar a Série Vagalume inteira. Quando percebi, antes dos 12 anos, já tinha lido mais de cem livros”, disse.
Para o professor, quem não compreende que ler transcende as linhas de um texto e avança até à leitura de fenômenos naturais, dificilmente pegará gosto. “Uma das maiores falhas de nossa geração é desejarmos que os jovens leiam, sem sequer explicarmos – e muitas vezes entendermos – o porquê eles devem ler. Hoje, as escolas ensinam que os livros devem ser lidos para as provas e para o vestibular, mas esquecemos que um hábito não deve existir para uma avaliação, e sim para a formação integral de um cidadão”.
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