As comemorações voltadas aos 100 anos da Semana de Arte Moderna continuam, ao longo de fevereiro, no Museu do Café (MC), instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo. Por meio de palestras e oficinas gratuitas, presenciais e on-line, o público poderá entender melhor o papel desse movimento na história do Brasil, as influências que permeiam a cultura até hoje e os artistas que contribuíram para o rompimento de barreiras.

Para oficializar o início da programação, o MC realizará um evento de lançamento no dia 13, às 15h, no auditório do edifício da antiga Bolsa Oficial de Café. Na ocasião, artistas, intelectuais e a comunidade local estarão presentes para refletir sobre a Semana de 22 e discutir novas possibilidades para o cenário atual do País. Ainda, haverá harmonização com baristas e o lançamento da exposição virtual “Museu é Aqui: Modos de Ocupar a Cidade”, elaborada de maneira colaborativa com alunos e professores da Secretaria de Educação de Santos. A atividade é aberta a todos os públicos.

Partindo para as palestras presenciais, o cronograma começa com “Os Esquecidos”, encontro que terá como foco os artistas que tiveram um papel significativo nesse grande momento de mudança nas artes, mas não estão na memória coletiva da sociedade. A conversa será ministrada pela professora Ana Kalassa El Banat, doutora em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e mestra em Artes pela Universidade Estadual de Campinas, em 16 de fevereiro, às 15h.

Ela também será a responsável por liderar a aula “Malfatti e Lobato, a Verdade sobre a Crítica” na sexta-feira (18), no mesmo horário (15h). Dessa vez, o bate-papo abordará quais foram as reais motivações e propósitos que desencadearam a análise de Monteiro Lobato sobre o trabalho de Anita Malfatti e a sua atuação no desdobramento do manifesto da Semana de Arte Moderna.

A seguir, nos dias 19 e 26, acontecerá a palestra “O modernismo sem fim da semana que não terminou”, conduzida pelo escritor Flávio Viegas Amoreira. O poeta, contista, romancista, dramaturgo e jornalista, autor de 14 livros, explicará, às 15h, as influências do movimento nos tempos transmodernos, tanto nas artes como no pensamento da brasilidade.

Dentro da agenda de ações presenciais do sábado (19), também está inclusa uma oficina com a artista plástica Vivian Bortolotti, especialista formada em História da Arte pela Universidade Federal de São Paulo. Paralelamente ao encontro de Amoreira, às 15h, ela guiará os inscritos para criarem suas próprias obras, dando um toque contemporâneo às inspirações modernistas.

Por fim, a programação se encerra com a atividade virtual “Vozes da modernidade”, em 25 de fevereiro, às 15h, com a fala do professor Marcelo Tápia – doutor em Teoria Literária e Literatura Comparada pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. A pauta se desenvolverá a partir da perspectiva do modernismo pelas visões e criações dos três escritores associados aos Museus-Casas Literários de São Paulo: Mário de Andrade e Guilherme de Almeida, ligados ao movimento, e Haroldo de Campos, estudioso do modernismo.

Todas as atrações são gratuitas e precisam de inscrição. Os interessados devem acessar o formulário no link https://bit.ly/SemanaDe22MuseuDoCafe e preencher as informações solicitadas, indicando a(s) ação(ões) pretendida(s). Para o que é presencial, deve-se apresentar, obrigatoriamente, o comprovante de vacinação da covid-19 (virtual ou físico).

Museu do Café

Rua XV de Novembro, 95 – Centro Histórico – Santos/SP

Telefone: (13) 3213-1750

Funcionamento: terça a domingo, das 9h às 18h (bilheteria encerra às 17h)

R$ 10,00 e meia-entrada para pessoas com mais de 60 anos, aposentados, estudantes, crianças e jovens entre 8 e 16 anos, professores da rede particular de ensino e jovens de baixa renda entre 15 e 29 anos

Grátis aos sábados