A Baixada Santista perdeu nesta sexta-feira (28) um dos grandes jornalistas esportivos de sua história. Sérgio Luiz Corrêa marcou gerações, principalmente de apaixonados pelo Santos FC, clube que ele amou como poucos e que cobriu durante anos, levando sempre informações preciosas para os leitores dos jornais Cidade de Santos, e depois A Tribuna, onde foi editor de esportes por vários anos.
Sérgio Corrêa também manteve por muito tempo uma coluna de esportes no Jornal da Orla, onde o personagem que ele criou – o “urubolino” fazia muito sucesso.
Dinâmico, Sérgio Corrêa foi comentarista esportivo do Programa Bom Dia Baixada, na antiga TV Brasil (na época afiliada ao SBT) e hoje Tathi TV; e atuou como assessor de imprensa da Santa Casa de Santos e da Portuguesa Santista, entre outros trabalhos.
Os amigos o chamavam de Serginho ou Sérgio Lambreta. Por que o apelido Lambreta?
Ninguém sabe ao certo.
O irmão Arnaldo garante que ele nunca teve esse veículo e acredita que o apelido foi-lhe dado pelo jornalista Walter Dias.
Quando estive em Roma, pela primeira vez, fiz questão de lhe trazer um chaveiro com a réplica de uma lambreta italiana.
Justa homenagem ao apelido.
Acho que ele gostou.
Ao amigo Lambreta sobrava bom-humor, algo raro nos dias de hoje.
Vivemos tempos difíceis, de intolerância e falta de amor ao próximo. São esses momentos que nos fazem perceber ainda mais a falta que ele fará a todos nós.
Serginho marcava a vida das pessoas.
Recentemente o goleiro uruguaio Rodolfo Rodrigues, que fez história no SFC, esteve em Santos, na casa de outro amigo, Flávio Roberto Alves, e, ao ser informado que o velho companheiro estava doente, gravou para ele um vídeo de amor, fé e esperança.
Foi comovente.
Sérgio Corrêa amava a vida, sua família, seus amigos.
Por isso lutou bravamente contra um câncer, essa doença maldita que tanto mal tem feito à humanidade.
Morreu tranquilo, como viveu.
Sérgio Corrêa, o “lambreta” para os amigos, tinha 75 anos. Deixa a viúva Mirian, os filhos Leandro, Leonardo e os netos Octávio, Matheus e Mel.
E um legado, de que vale a pena ser bom.