Com dois novos ministros indicados por Dilma Rousseff a situação se inverteu e, por 6 votos contra 5, quem era culpado passou a ser inocente.
Do jeito que a coisa anda, mais dois ministros que a presidente petista indique e os réus passarão a ser homenageados em praça pública, com direito a medalha e banda de música por bons serviços prestados à democracia. No Brasil, infelizmente é assim: o rigor da lei vale para os pobres. Aos poderosos, a mão amiga do poder, privilégios e outras milongas mais, como canta Jorge Bem Jor, em Charles Anjo 45.
O ex-ministro José Dirceu e seu parceiro de legenda, Delúbio Soares estão entre os beneficiados da “nova visão” do STF, a mais alta corte do país, e escapam da prisão em regime fechado. Em breve provavelmente estarão nas ruas dando lições aos brasileiros de como transformar um país.
Como de costume, em Brasília o carnaval começou um pouquinho mais cedo, os foliões de colarinho branco e roupa vermelha têm milhões de motivos para comemorar. A conta, naturalmente, é sua, caro leitor, que paga um dos impostos mais altos do mundo, vê injustiças no dia a dia e, agora, a desmoralização do Poder Judiciário.
Luis Roberto Barroso e Teori Zavascki, os ministros que mudaram o jogo e disseram que não há quadrilha no mensalão, são os nomes da vez, mas poderia ser Pedro ou talvez Paulo. Nomes pouco importam nesta altura do campeonato.
O que é avassalador neste triste episódio é que nem na Justiça os brasileiros podem mais confiar. Os interesses políticos de um partido e o vale tudo pelo poder são maiores do que os interesses do povo brasileiro.
Ou muda-se a forma de indicação dos ministros do STF, ou a mais alta corte do país será mais um acessório do Executivo, o que faria do país apenas uma democracia de fachada.
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