Na noite do dia 1º de fevereiro de 2025, na cidade de Santos, no Estádio Urbano Caldeira, a história foi escrita diante dos olhos de mais de 14 mil torcedores alvinegros. Em um clássico San-São, o Santos se tornou o clube com mais gols marcados em toda a história.

Durante toda a semana, a ansiedade tomava conta dos mais fervorosos apaixonados pelo Santos que viviam na expectativa de chegar à marca dos 13 mil gols. Até o momento do apito inicial da partida, o contador oficial do Peixe marcava 12.999 e permaneceu assim até os 42 minutos da primeira etapa quando o atacante Guilherme “Amado” balançou a rede e empatou a partida que terminaria em um glorioso 3 a 1 para o Santos.

Por ter sido o responsável por tal feito, Guilherme foi eternizado no Memorial das Conquistas do Santos em uma cerimônia onde estiveram presentes alguns dos maiores ídolos do clube como Abel, Clodoaldo, Edu, Manoel Maria e Negreiros. Com a bola do jogo e uma placa de agradecimento, o marco do gol 13 mil está fincado na Vila Belmiro.

“Com esse gol eu entro de fato para a história do Santos e eu acredito que fui escolhido por Deus para que isso acontecesse. Confesso pra vocês que jamais imaginei viver o que estou vivendo. Depois de um ano tão difícil, depois de muitas propostas que recebi, eu vejo que acertei em ficar, porque, antes de eu escolher o Santos, o Santos me escolheu.”, declarou o artilheiro do clube nesta temporada.

Quando chegou ao alvinegro praiano, o contador marcava 12.956 gols, Guilherme conta que desde então tornou o gol 13 mil um objetivo dentro de campo. “Mesmo se depois disso eu não fizesse mais nenhum gol ou não vestisse nunca mais a camisa do Santos, eu teria deixado meu nome na história. Felizmente, essa história não acaba aqui. Pretendo conquistar títulos com essa camisa e viver coisas cada vez maiores”.

Junto dos eternos

Guilherme conseguiu a proeza de dividir o hall do Memorial das Conquistas do Santos com muitos dos maiores nomes do futebol nacional como Pelé, Pepe, Zito e Neymar. “Me sinto privilegiado por isso. Eu só queria realizar o meu sonho de jogar futebol e Deus me permitiu ir além. Para mim é uma honra. Fico pensando que meus filhos, meus netos, minhas futuras gerações vão visitar a Vila, o Museu e verão meu nome aqui”.

Na alegria e na tristeza

O atacante do Peixe estava presente no fatídico jogo que rebaixou o clube para a Série B e revelou a tristeza que sentiu nessa partida. “Estive dentro de campo e pude sentir a tristeza do torcedor e confesso que, mesmo estando do outro lado, fiquei triste também. Mesmo com nossa vitória, foi um dia triste para o futebol.”

Guilherme destaca as reviravoltas do mundo e comenta que, se alguém lhe contasse, ele não acreditaria que sairia do Fortaleza que rebaixou o Santos e estaria no alvinegro para reerguê-lo. “Cerca de um mês depois, Deus me colocou nesse lugar e me deu a oportunidade de ajudar a colocar o Santos em seu devido lugar e fui agraciado com a artilharia da temporada e agora com o gol 13 mil”.