Metrópole

Grevistas se concentram em frente ao Paço nesta segunda

24/03/2025 Glauco Braga
Divulgação/Sindicato dos Servidores de PG

A greve dos servidores públicos de Praia Grande entra no seu quarto dia, nesta segunda-feira. De acordo com o comando do movimento, perto de dois mil funcionários públicos cruzaram os braços na sexta-feira passada. Hoje, os grevistas se reuniram em frente ao Paço Municipal (Avenida Presidente Kennedy, 9000 – Mirim), a partir das 7 horas, e ficam no local até às 17 horas. A categoria conta com 13 mil trabalhadores.

O movimento foi decidido em assembleia realizada em 17 de março, depois da categoria não ter recebido proposta de correção salarial por parte da Prefeitura para os próximos três anos. O Sindicato afirmou que a Prefeitura está informando que a data-base é abril, mas a Lei Orgânica de Praia Grande determina que a correção anual seja em janeiro, quando acontece o reajuste do salário-mínimo pelo Governo Federal.

A categoria reivindica reposição de 14% nos salários, sendo 7,5% baseados no aumento do salário-mínimo vigente, 3,5% do índice IPCA e outros 3% referentes a uma correção já judicializada durante a gestão passada, mas ainda não cumprida. Os servidores também reivindicam aumento nos benefícios de vale-alimentação e vale-refeição e a adoção de um plano de saúde para os funcionários e dependentes, sem desconto no holerite.

Amanhã, acontece no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), uma audiência de conciliação on-line, às 14 horas, entre Sindicato e a Prefeitura. “Esperamos que a Prefeitura venha com uma boa proposta. Tudo vai depender disso. Se tiver algo, marcamos uma assembleia com a categoria para decidir o que faremos”, disse Adriano Lopes, o Pixoxó, presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Praia Grande.

Pixoxó qualificou o movimento grevista até agora como um sucesso. “O movimento de sexta-feira atingiu toda a nossa expectativa e também nós cumprimos a decisão judicial. A sociedade não foi prejudicada conforme a Administração Municipal informou. Os serviços essenciais foram mantidos. O direito de ir e vir das pessoas foi respeitado com total respaldo até da própria administração na fiscalização do trânsito”, declarou. Ele destacou que na área da Educação os reflexos da paralisação foram maiores em razão do grande número de funcionários que atuam lá. “A Educação tem mais de seis mil funcionários. Agora, respeitamos a decisão da Justiça de manter 70% dos servidores trabalhando e os serviços não ficaram fechados”.

PREFEITURA
A Administração Municipal informou que ainda está efetuando estudos dos impactos financeiros relacionados à campanha salarial dos servidores municipais deste ano. A Administração Municipal explicou ainda que é necessário aguardar o mês de abril para que tenha um cenário mais certeiro e poder chegar a uma melhor definição.

Ressaltou também que em momento nenhum informou que não haverá reajuste este ano e nem nos próximos anos, como declararam representantes do sindicato. “Está havendo uma interpretação errada do documento encaminhado para o sindicato e propagada em redes sociais. A Prefeitura está dedicando esforços para realizar o reajuste da categoria”.

Entre outros, segundo a Administração ficou claro no documento que o último aumento foi concedido aos servidores em abril de 2024, ou seja, há menos de um ano. “Considerando o que estabelece a CF no artigo 37, X, que a revisão geral anual ocorrerá na mesma data, abrangendo doze meses: fato que por si só nos remete a definição e efetivação de valores a partir do próximo mês de abril do corrente.

A Prefeitura reforçou que está buscando, dentro da atual situação orçamentária, a medida cabível para valorizar os servidores, seguir com o pagamento em dia dos funcionários e na prestação dos serviços nas mais diversas áreas para a população.

Matéria atualizada às 11h15