
A greve dos servidores públicos de Praia Grande já causou alguns estragos. Na manhã desta sexta-feira, o trânsito ficou parado na Avenida Ayrton Senna, nos sentidos Mongaguá e São Vicente. A Prefeitura admitiu que o maior impacto aconteceu na educação, com as escolas dispensando os alunos, em razão da falta de trabalhadores nos locais.
A categoria tem 13 mil trabalhadores e o Sindicato garante que um terço desse público, algo perto de 4 mil, estarão a postos nas suas funções nos vários departamentos da Prefeitura.
A categoria segue concentrada em uma das pistas da Avenida Ayrton Senna (sentido Mongaguá), próximo ao Portinho, e também em uma das pistas da mesma avenida, no sentido São Vicente.
O movimento foi decidido em assembleia realizada na noite de segunda-feira, depois de a categoria não ter recebido proposta de reajuste salarial por parte da Prefeitura para os próximos três anos. Pixoxó afirmou que a Prefeitura está informando que a data-base é abril, mas a Lei Orgânica de Praia Grande determina que a correção anual seja em janeiro, quando acontece o reajuste do salário-mínimo pelo Governo Federal.
A categoria reivindica reajuste de 14% nos salários, sendo 7,5% baseados no aumento do salário-mínimo vigente, 3,5% do índice IPCA e outros 3% referentes a uma correção já judicializada durante a gestão passada, mas ainda não cumprida. Os servidores também reivindicam aumento nos benefícios de vale-alimentação e vale-refeição e a adoção de um plano de saúde para os funcionários e dependentes, sem desconto no holerite.
PREFEITURA
A Administração Municipal foi questionada sobre os reflexos da paralisação que deve durar até 17 horas e será retomada na segunda-feira, dia 24, às 7 horas. Em nota, ela informou que: “A Prefeitura respeita o direito à greve e também respeita o direito do cidadão de acesso e utilização aos serviços púbicos, tanto que para evitar que a paralisação prejudicasse a rotina dos moradores com interrupções dos serviços, recorreu à Justiça para solicitar a manutenção dos serviços públicos ofertados no Município. A determinação do TJ é para que haja 70% servidores em atividade, evitando-se o colapso da prestação de serviços públicos, especialmente com relação aos essenciais de saúde, educação, trânsito e segurança e a Prefeitura está apurando a falta de cumprimento desta determinação. O impacto maior ocorre na área da educação, em que algumas escolas estão dispensando os alunos de tempo integral por falta de profissionais na cozinha; e na saúde, no Centro Especializado em Reabilitação (CER) com ausência de alguns profissionais e remarcação de atendimento. A Prefeitura segue apurando a situação e cumprimento da determinação da justiça”.
Sobre um provável acordo para suspender o movimento, eles disseram: “ A revisão geral dos servidores sempre ocorreu na mesma data e a Prefeitura está respeitando os prazos. A Administração Municipal mais uma vez desmente os boatos de que não haverá reajuste neste e nos próximos dois anos que seguem”.
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