Política

Ex-prefeita sofre com contas rejeitadas, multa e perda de cargo

08/03/2025 Marco Santana
Ex-prefeita sofre com contas rejeitadas, multa e perda de cargo | Jornal da Orla

Maria Antonieta de Brito teve as contas de todos os seus oito anos de gestão como prefeita de Guarujá (2009-2016) aprovados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP). Porém, a Câmara rejeitou sete delas – apenas a de 2009 saiu ilesa.

Além disso, ela foi condenada, por conta da contratação de três funcionários na Prefeitura, à suspensão dos direitos políticos por quatro anos, pagamento de multa equivalente a 10 vezes seu salário de prefeita e ainda à perda do cargo de professora concursada.

Esta última decisão foi suspensa, pois, no entendimento do juiz Cândido Pérez, a ex-prefeita não teve o amplo direito à defesa e ao contraditório.

Antonieta está convencida de que esta série de condenações tem, sim, um componente de discriminação de gênero. Primeira mulher a ser eleita prefeita de Guarujá, ela recorda ter encontrado um ambiente misógeno e repleto de vícios. “Fui taxada de ter ‘cintura dura’, de não negociar nos termos que queriam. Eu sempre fui rigorosa, com princípios éticos”, afirma. “As rejeições das contas foram pura perseguição política”.

Hoje, Antonieta atua como professora da escola técnica municipal 1º de Maio, lecionando em nove disciplinas. No dia 27, ela completa 35 anos de atuação na unidade escolar, que tem 44 anos de existência. Na vida política, deu um ponto final.

E em relação à multa, algo em torno de R$ 260 mil? “Sou educadora. Não tenho como pagar, jamais pagarei”.