A voz da consciência

Eu quero saber: onde se perdeu o equilíbrio social entre homens e mulheres? E ainda há tempo de recuperação?

24/04/2025 Bruno Oliveira
Eu quero saber: onde se perdeu o equilíbrio social entre homens e mulheres? E ainda há tempo de recuperação? | Jornal da Orla

Em 2025, a busca por autonomia e realização impulsiona as mulheres a redefinirem seus papéis na sociedade e nos relacionamentos. A trajetória do século XX, marcada por conquistas como o direito ao voto e a inserção no mercado de trabalho, culminou em uma nova era de liberdade feminina. Mulheres independentes constroem suas vidas de forma autônoma, buscando realização pessoal e profissional, redescobrindo o prazer de viver para si mesmas. Essa conquista, no entanto, não se deu sem tensões e contradições. A crescente valorização da individualidade, muitas vezes expressa pela frase “meu corpo, minhas regras”, apresenta desafios e implicações complexas para o equilíbrio social entre homens e mulheres e para o futuro da humanidade. A liberdade individual, muitas vezes celebrada como um triunfo, também trouxe consigo novas formas de desigualdade e a necessidade de uma reavaliação constante das estruturas sociais.

A busca por autonomia e autodeterminação é fundamental e inegável. Porém, a ideia de que ações individuais não têm consequências para o grupo, ou que a liberdade pessoal se sobrepõe a todas as outras considerações, é uma simplificação perigosa que ignora a intrincada teia de relações que compõe a sociedade. A liberdade individual não existe em um vácuo; ela se insere em um contexto social, onde as ações de cada pessoa afetam a vida dos outros e o bem comum. O divórcio, por exemplo, é uma decisão individual, mas suas consequências podem afetar profundamente famílias, crianças e a sociedade como um todo, impactando o equilíbrio entre homens e mulheres na dinâmica familiar e social. A complexidade dessas consequências exige uma análise cuidadosa, que leve em conta os diferentes pontos de vista e as implicações a longo prazo.

Novelas, feriados e a icônica Malu Mulher refletem a luta por direitos, emancipação feminina e a busca por identidade ao longo do tempo. Malu Mulher, marco dos anos 70, representava o desejo de liberdade, independência e uma vida autêntica, simbolizando um momento crucial na luta feminista. A sua imagem icônica ainda ressoa hoje, lembrando-nos das conquistas alcançadas e dos desafios que permanecem. Feriados, por sua vez, funcionam como momentos de pausa e reflexão, convidando à celebração de conquistas e à luta por uma sociedade mais justa e igualitária. A busca pela individualidade, especialmente feminina, é crucial em uma sociedade que historicamente impôs padrões e limitações. Em resumo, esses elementos simbolizam a luta por uma sociedade onde a mulher exerce sua liberdade e constrói sua própria história, porém com responsabilidade e consciência das implicações sociais de suas escolhas, buscando um equilíbrio mais justo nas relações de gênero. A jornada pela igualdade, porém, é um processo contínuo que exige vigilância e ação constante.

A preocupação com a possível “extinção da humanidade” pode parecer alarmista, mas não é totalmente infundada. A relação homem-mulher é fundamental para a perpetuação da espécie, mas não a única força determinante. O futuro depende de diversos fatores interligados: saúde do planeta, igualdade social, desenvolvimento tecnológico, e a forma como lidamos com os desafios da individualidade e da coletividade. A dinâmica dos relacionamentos mudou drasticamente, influenciada pela tecnologia e pelas novas formas de interação social. A competição e individualidade do século XXI podem gerar conflitos, mas também incentivam o desenvolvimento pessoal e a busca por uma vida autêntica.

Relacionamentos duradouros exigem comprometimento, comunicação e respeito mútuo, habilidades que se tornam ainda mais cruciais em um mundo em constante transformação. Navegar pelas mudanças exige consciência, compreensão e respeito, além de uma capacidade de adaptação e de construção de novas formas de convivência social. O futuro da humanidade depende do respeito mútuo, da igualdade e da busca por um bem comum, além da conscientização de que a liberdade individual não exclui a responsabilidade social, e que o equilíbrio entre homens e mulheres, baseado na mútua complementaridade, é crucial para um futuro sustentável. Aonde se perdeu o equilíbrio social entre homens e mulheres? E ainda há tempo de recuperação? Essa pergunta exige uma reflexão profunda sobre as estruturas sociais, as relações de poder e as responsabilidades individuais e coletivas.

Para construir um futuro mais justo e igualitário, precisamos promover a igualdade de gênero, o respeito à individualidade e relacionamentos saudáveis, baseados na comunicação aberta e no respeito mútuo. Devemos nos colocar no lugar dos outros, entendendo seus desafios e suas perspectivas. Precisamos ser defensores da igualdade, dizendo “não” ao machismo, ao sexismo e a todas as formas de discriminação, incentivando a participação de todos em todas as áreas da sociedade. Devemos apoiar a busca por autonomia e realização pessoal, mas também promover a responsabilidade social e a consciência das consequências das nossas ações. Refletir sobre nossos comportamentos, questionar nossos preconceitos e trabalhar ativamente para eliminá-los são passos essenciais. Apoiar organizações que lutam pelos direitos humanos, denunciar a violência e promover a educação são ações cruciais para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. A mudança social é gradual, mas cada ação contribui para um mundo mais justo e equilibrado. A busca por um futuro comum, baseado na solidariedade, empatia, respeito à vida e ao planeta, e na compreensão de que a liberdade individual implica responsabilidade social, é fundamental para evitar a autodestruição da humanidade e restaurar o equilíbrio social entre homens e mulheres. É importante lembrar que a complementaridade entre homens e mulheres, longe de ser um conceito ultrapassado, é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e equilibrada.

Vou falar uma coisa: parece que sou um crítico das mulheres, mas não. Fui criado pela minha mãe, então sei a importância delas. Toda vez que faço essa análise social sobre relacionamentos, digo que homens e mulheres se complementam. Basta encontrar a pessoa certa, com o mesmo propósito. Depois que me entendi como filho de Deus, passei a acreditar na ideia de propósito, que nada acontece se Ele não quiser. E isso inclui a crença de que existe uma pessoa certa para cada um, e que, se ainda não a encontramos, é preciso esperar o tempo certo, pois tudo tem seu tempo de acontecer. É preciso entender que o ser humano não cria nada sem a prevenção e a orientação de Deus; somos criaturas. Estou contextualizando no sentido da fé, independente de qual seja a sua, meu querido leitor, minha querida leitora, porque estamos no período da Páscoa, ou seja, da ressurreição de Jesus Cristo. Tem outro detalhe: caso você se separe, trate seus filhos de maneira saudável. Você é responsável por eles, e mesmo que seu relacionamento com o<a> cônjuge não dê certo, eles continuarão sendo seus filhos. Acredito que o que se faz aqui se paga, não necessariamente diretamente para seus filhos, mas Deus cobrará na hora certa.

Neste período pascal, em que celebramos a ressurreição de Cristo, vale refletir sobre a sua vinda ao mundo. Jesus poderia ter surgido de diversas formas, mas escolheu nascer em uma família, tendo Maria como mãe e José como pai. Essa escolha, essa decisão de vir ao mundo através de uma família, em vez de por meios sobrenaturais não mediados por uma família humana, carrega um significado profundo. É preciso entender que o ser humano não cria nada sem a prevenção e a orientação de Deus. Somos criaturas, e essa dependência, independente de nossa fé, é um alicerce para a compreensão do mundo e das relações humanas, principalmente neste período pascal, em que celebramos a ressurreição de Jesus Cristo. Será que essa escolha intencional de vir através de uma família, com as implicações humanas e familiares que isso representa, não nos indica algo importante sobre a natureza de Deus e Sua relação com a humanidade? A resposta, em minha opinião, reside na demonstração de que a humanidade tem sua base original na família, um pilar inabalável até a extinção da humanidade. É uma pergunta que deixo para a consideração de meus leitores.