Lideranças dos motoboys, motogirls, bikeboys e bikegirls da Baixada Santista definiram ontem a programação para a paralisação dos entregadores de comida por aplicativo, entre segunda e terça-feira da próxima semana. A categoria tem perto de 30 mil trabalhadores e a expectativa é que, pelo menos, seis mil (20%) fiquem parados nos dois dias.
Os rumos do movimento foram definidos ontem, na Praça da Independência, no Gonzaga, em Santos, quando representantes das cidades receberam os adesivos referentes à paralisação. “Distribuímos 1,5 mil adesivos e já estão nas ruas. As lideranças que compareceram aderiram e está tudo certo”, disse Eddie Torres, secretário do Sindicato dos Mensageiros Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas da Baixada Santista (Sindimoto/Baixada) e presidente da Associação dos Motoboys e Motogirls da Baixada Santista (Ambasa).
A greve está sendo organizada pelas redes sociais, por perfis como @brequenacionaldosapps. A mobilização já conta com a adesão de 20 estados. As maiores concentrações de entregadores (motos e bikes) da região estão em Santos, Guarujá, Cubatão, São Vicente e Praia Grande.
“Vamos fazer alguns protestos nos dois dias. No dia 31, às 10 horas, vamos nos reunir no estacionamento do shopping na Praia Grande (Litoral Plaza Shopping). Depois, às 14 horas, vamos para a Praça da Matriz (Avenida Puglisi, no Centro), no Guarujá. No dia 1º vamos nos reunir na Praça das Bandeiras, no Gonzaga, em Santos, a partir do meio-dia. Nossa expectativa é que parem seis mil entregadores. Queremos fazer que toda a categoria que usa o aplicativo não venha trabalhar, afirmou Torres.
REIVINDICAÇÃO
O movimento reivindica o estabelecimento de uma taxa mínima de R$ 10 por entrega; o aumento do valor pago por quilômetro rodado de R$ 1,50 para R$ 2,50; a limitação do raio de atuação das bicicletas a três quilômetros; e a remuneração integral de cada pedido quando múltiplas entregas são agrupadas em uma mesma rota. Os trabalhadores também pretendem denunciar práticas que consideram antissindicais, como incentivos financeiros dados por algumas empresas para desencorajar a participação dos entregadores no protesto.
Ele citou que o problema da categoria é o da maioria dos trabalhadores do País: falta de consciência de classe. “Eles não querem saber de sindicato. Eu tenho uma facilidade porque eu trabalho na rua junto com eles. Então, eles me veem todo dia, sabem que eu sou de sindicato, mas sabem que eu sou trabalhador e converso ali na língua deles. Então, tem uma certa abertura e fica um pouco mais fácil”.
Olá, precisam de uma atenção especial de todos, entregadores sendo explorados, recebendo R$6,50 por entrega.
Quem faz pedido pode pagar mais, quem não pode pagar vai retirar.
Explorar os mais pobres, beneficiando os que podem pagar é vergonhoso.
Aliás, a dica é : você que costuma usar as plataformas de pedido, NÃO FAÇAM PEDIDOS .
Mas, se você adora aproveitar da miséria alheia, reclama de furtos e assaltos , FAÇAM pedidos.