Edison Carpentieri
Até mesmo bolsonaristas já começam a perceber que Jair Messias Boldonaro não está, nem nunca esteve, preparado para o cargo que ocupou por quatro anos.
Ao longo do tempo, o “mito” revelou-se um homem grosseiro, mal-educado e que tinha como principal bandeira exorcizar um fantasma, o comunismo, que só existe na cabeça de gente sem noção.
Com Bolsonaro, o Brasil regrediu aos anos 1950, nos EUA, quando o senador Joseph McCarthy, iniciou uma patrulha anticomunista que destruiu reputações e empregos e terminou em farsa.
McCarthy foi desmascarado pelo brilhante jornalista Edward R. Murrow.
O senador maluco
morreu em 1957 totalmente desacreditado e com a triste marca de “infame”.
O período indecente da história americana, que Bolsonaro tentou reviver no Brasil, está magistralmente retratado no filme “Boa noite e boa sorte”, dirigido por George Clooney.
No Brasil, só o tempo dirá o que está reservado a Bolsonaro, mas boa coisa não há de ser.
Os livros de história certamente não lhe serão favoráveis, seja pela brutalidade, seja por seu comportamento anti-ciência ou por seus notórios atos contra direitos civis.
Neste final de ano, o “mito” mostrou mais um detalhe de sua personalidade: é um homem vingativo.
Primeiro cortou o fornecimento de caminhões pipa, que levavam água para o Nordeste, região onde teve sua maior derrota eleitoral;
Depois resolveu, ao contrário dos anos anteriores, não enviar nenhuma mensagem de Natal aos brasileiros, como fazia dia 24 de dezembro, em rede nacional.
Para completar, Bolsonaro resolveu viajar dia 28 para os EUA, abandonando seus apoiadores que ainda sonham com um golpe militar, rezando de joelhos nas portas dos quartéis.
Bolsonaro vai curtir a vida e suas mágoas num resort de luxo, de seu amigo Donald Trump, outro golpista fracassado.
Boa viagem e boa sorte.
Vai precisar.