Diversas campanhas são realizadas em junho para chamar a atenção para questões de saúde que muitas vezes não recebem o destaque merecido.
Laranja
6 de junho é o Dia Nacional de Luta Contra a Queimadura. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica alerta que a maior parte dos casos ocorrem em decorrência de acidentes domésticos. Estima-se que, no Brasil, por ano, um milhão de pessoas são vítimas de acidentes com queimaduras. De acordo com os dados do Ministério da Saúde, 77% dos casos acontecem em casa e 40% com crianças de até 10 anos. Na última década, mais de 3 mil crianças, de 0 a 14 anos, morreram em decorrência de acidentes com queimadura e quase 221 mil foram hospitalizadas.
Queimaduras: tratamentos e agravantes
As sequelas, quando tratadas inadequadamente, podem limitar e comprometer seriamente a qualidade de vida da vítima. Nos casos de queimaduras mais extensas e profundas, os primeiros socorros e a condução do tratamento são essenciais para garantir a saúde do acidentado. “O paciente que sofreu uma queimadura mais profunda só abandona o risco de morte quando passa por cirurgia plástica que repara as lesões e evita infecções severas que podem resultar em problemas de saúde ainda mais comprometedores”, alerta o cirurgião-plástico Alfredo Gragnani Filho, especializado em acidentes com queimaduras.
Álcool líquido causa 45% das queimaduras
Importante ressaltar que em várias unidades de atendimento, o principal agente causador das queimaduras é o líquido inflamável, em especial o álcool líquido, responsável por até 45% das causas de queimadura. A informação é especialmente importante uma vez que a liberação da venda de álcool líquido foi excepcionalmente autorizada no Brasil, devido à covid-19, aumentando os riscos de acidente. Diante do fato, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica reforça seu apoio ao Junho Laranja e reitera a importância propagar informações corretas sobre a prevenção e a condução do tratamento. A seguir, mais informações sobre como prevenir, o que fazer em caso de queimaduras e um espectro da dimensão do problema.
Números das queimaduras no Brasil
40,7% dos casos ocorreram com homens
67,7% dos acidentes ocorrem no ambiente doméstico
52% das queimadoras acontecem em decorrência do uso de substâncias quentes
92% dos acidentes domésticos envolvem crianças e adolescentes de 0 a 15 anos *
Lilás
Lançada no dia 1º de junho, a campanha destaca a importância do Teste do Pezinho Ampliado. Atualmente, o sistema público realiza o teste capaz de identificar seis doenças. (fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, anemia falciforme e demais hemoglobinopatias, hiperplasia adrenal congênita e deficiência biotinidase). Especialistas defendem sua ampliação, para que consiga identificar outras 50 doenças. O diagnóstico precoce permite o início imediato de doenças que podem comprometer a qualidade de vida da criança ou mesmo levar à morte.
Doenças triadas no Teste do Pezinho Ampliado
• AAAC (Aminoacidopatias e Distúrbios do Ciclo da Uréia / Distúrbios Ácidos Orgânicos / Distúrbios de Oxidação dos Ácidos Graxos) – Perfil TANDEM MS / MS que inclui a detecção de 38 doenças
• Galactosemia
• Leucinose
• Deficiência de G6PD
• Toxoplasmose Congênita
• Imunodeficiência Combinada Grave e Agamaglobulinemia (SCID E AGAMA)
Vermelho
O mês foi escolhido para desenvolver a campanha para estimular a doação de sangue porque é justamente nesta época do ano que as doações de sangue diminuem — devido aos dias mais frios e chuvosos, feriados prolongados e férias. 14 de junho é o Dia Mundial do Doador de Sangue. De cada 10 pessoas hospitalizadas, uma precisa de transfusão sanguínea. São pacientes com anemia falciforme, em tratamentos de câncer, além das vítimas de acidentes de trânsito e queimaduras, pacientes que serão submetidos a cirurgias de médio e grande porte, como cardíacas e transplantes. Infelizmente, grande parte dos brasileiros só lembra da importância da doação de sangue quando um parente ou amigo precisa de uma transfusão. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que de 3% a 5% da população seja doadora de sangue, mas, no Brasil, esse índice é de apenas 1,8%.
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