No programa Conexão Metrópole, o apresentador Paulo Schiff conversou com o arquiteto, Alessandro Lopes e o advogado Luciano Cascione, sobre os acontecimentos regionais, com destaque no imóvel no Gonzaga, que é investigado por construir dois andares ilegais.

Embora o caso tenha ganhado repercussão na cidade, Alessandro Lopes lembrou que situações semelhantes ocorrem em outras partes do país. Em Curitiba, por exemplo, um edifício de oito a dez andares foi construído sem respeitar restrições, mesmo após alertas de que estava na rota de aviões. “Executaram a obra e colocaram os apartamentos à venda. Até a última informação que tive, só foi permitido comercializar até o andar autorizado, e os andares excedentes terão que ser demolidos”, explicou o arquiteto.

Segundo Alessandro, desrespeitar o tempo de aprovação dos projetos é uma prática comum na construção civil. Muitas vezes, empreendedores tentam incluir mudanças no projeto original sem aprovação prévia. “O que acontece é que algumas pessoas deixam a estrutura preparada e, quando surge a oportunidade, constroem além do permitido”, afirmou.

Outro caso citado foi de um prédio em São Paulo, próximo ao aeroporto, que está fechado até hoje, mas continua na rota dos aviões e prejudicando aeronaves. “Não esperar o tempo de aprovação de projeto é muito comum em todas as cidades brasileiras”.

O especialista cita que muitas vezes a pessoa começa a executar a obra antes da aprovação final. “Uma vez eu fui chamado para tentar solucionar um caso, pois a pessoa comprou um imóvel, aprovou pela Caixa Econômica, era alinhado com a faixada, quatro dormitórios, piscina e na prefeitura estava aprovado como uma edícula. Ou seja, o fiscal foi lá e disse ‘sua casa não existe, demoli, reconstitui ao projeto original ou tenta aprovar’. O tentar aprovar não cabia na legislação vigente”.

Nesta quarta-feira, Paulo Schiff recebe o Secretário-adjunto de Desenvolvimento Social de Santos, Filipe Rezende, às 12h, no canal do Jornal da Orla, o Orlaplay.