A época da Páscoa é de irresistíveis tentações para os chocólatras, que formam uma grande parcela da população. Ovos, tabletes, coelhos, cestas repletas de chocolate ao leite, branco, amargo, recheado, mesclado estão por toda parte e para todos os gostos. Mas, calma! É possível se render ao delicioso sabor do doce e aproveitar a festa, até porque o alimento tem benefícios comprovados para a saúde devido aos seus componentes nutricionais. O segredo é moderar no consumo.
“Embora sejam comprovados os benefícios do chocolate na prevenção das doenças cardiovasculares, o consumo deve ser em pequenas quantidades”, orienta Daniel Magnoni, cardiologista e nutrólogo do Hospital do Coração, de São Paulo, lembrando que o alimento também contém muita gordura saturada, prejudicial à saúde por se acumular nas paredes das artérias.
Efeitos do chocolate no corpo
O chocolate contém substâncias que estimulam a produção de serotonina, hormônio que atua no sistema nervoso central e proporciona a sensação de relaxamento e prazer. Além disso, o cacau contém teobromina e flavonoides, potentes antioxidantes que protegem o organismo contra os radicais livres (células que danificam os tecidos humanos), melhoram o funcionamento do cérebro, aprimorando o raciocínio, e do músculo cardíaco.
Em contrapartida, a guloseima é um alimento rico em calorias, contém alto teor de carboidratos refinados (principalmente sacarose), gorduras e uma pequena porção de proteínas. Portanto, os efeitos que ele terá no corpo vão depender da quantidade consumida, do tipo de chocolate e do horário que foi ingerido.Quanto comer e qual escolher?
A recomendação de consumo é de em média uma barra de chocolate de 30 gramas por dia, porém isso não é uma regra e depende das condições nutricionais de cada um. Observe as informações das embalagens dos chocolates antes de comprá-los, veja a quantidade de calorias que eles possuem e principalmente a de gordura.
Uma dica nesta época de fartura de chocolate é dividir com seus familiares e amigos ou comer um pedacinho e guardar o restante em um recipiente, de mais difícil acesso. Assim, a guloseima vai sendo consumida aos poucos, ao longo de toda a semana, sem exceder a quantidade.
O mais saudável é o chocolate amargo ou meio-amargo, que possui alta concentração de cacau (acima de 70%), apresenta o dobro da capacidade antioxidante do chocolate tradicional, não contem leite e tem uma menor quantidade de açúcar. A regra é quanto mais escuro o chocolate, mais flavonóides ele tem, portanto mais saudável.
Evite o chocolate branco, pois é feito de manteiga de cacau, não possui os flavonóides e tem mais gordura. Ou seja, não tem antioxidantes e é mais calórico. Evite também os trufados, com mousse, marshmallow e crocantes, pois estes ingredientes irão aumentar o teor de gorduras e calorias.
As opções diet/light, sem lactose, sem glúten e de soja são indicadas para as pessoas que necessitam seguir dietas especiais, como os intolerantes ou alérgicos ao leite e derivados, celíacos e diabéticos. Esses chocolates devem ser utilizados com orientação, pois no caso do chocolate diet a quantidade de gordura presente é geralmente maior, não sendo indicado para indivíduos com colesterol alto ou sobrepeso.
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