
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) divulgou, na terça-feira (21.jan.2025), dados alarmantes sobre a intolerância religiosa no Brasil. Em 2024, foram registradas 2.472 denúncias de casos de discriminação religiosa pelo Disque 100 (Disque Direitos Humanos), coordenado pela pasta. Esse número representa um aumento de 66,8% em relação a 2023, quando foram registradas 1.481 denúncias.
A divulgação ocorreu no Dia do Combate à Intolerância Religiosa, data que homenageia a Iyalorixá baiana Gildásia dos Santos, conhecida como Mãe Gilda de Ogum, fundadora, em 1988, do terreiro Ilê Asé Abassá de Ogum, no bairro de Itapuã, em Salvador.
O painel interativo da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos revela as religiões mais afetadas por violação. Os segmentos mais atingidos em 2024 foram: umbanda (151 denúncias), candomblé (117), evangélico (88), católico (53), espírita (36), outras religiosidades afro-brasileiras (21), islamismo (6) e judaísmo ( 2). Em 1.842 denúncias, a religião da vítima não foi informada.
A maior parte das vítimas de discriminação religiosa em 2024 foram mulheres, com 1.423 denúncias registradas. Além disso, 826 casos de violação envolveram homens. Os registros restantes não especificaram o gênero ou a questão não se aplica porque a denúncia se refere a uma família ou a uma comunidade.
As unidades da federação com os maiores números de denúncias foram: São Paulo (618), Rio de Janeiro (499), Minas Gerais (205), Bahia (175), Rio Grande do Sul (159) e o Distrito Federal (100), conforme dados da plataforma governamental.
COMO DENUNCIAR?
No Brasil, os casos de atitudes ofensivas contra as pessoas por causa das suas crenças, rituais e práticas religiosas podem ser registrados pelo Disque 100. O serviço gratuito funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, inclusive feriados, e pode ser acionado pelo telefone 100.
O MDHC ainda disponibiliza outros canais: WhatsApp, no número (61) 99611-0100; no Telegram (digitar “direitoshumanosbrasil” na busca do aplicativo); no site do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania para vídeo chamada em Libras (Língua Brasileira de Sinais).
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