O Quebra-Mar, em Santos, ganhou um novo espaço para o som dos cantos e do berimbau. A Roda de Capoeira é uma área voltada aos praticantes do esporte afro-brasileiro que mistura arte marcial, dança e música. A inauguração reuniu mestres, alunos, além de autoridades e simpatizantes da atividade.
O prefeito Rogério Santos (Republicanos) lembrou que a importância da capoeira na cultura brasileira vem desde a época da colonização. “A história da capoeira em Santos começa com os mestres Sombra (Roberto Teles de Oliveira) e Bandeira (Luiz Sandro Barbosa), que são referência, não apenas trazendo, mas difundindo a capoeira no Município e em todo Brasil”.
A capoeira foi desenvolvida no País por descendentes de escravos africanos no final do século 16. Em Santos surgiu em meados de 1960.
“Eu costumo dizer que a capoeira é a expressão máxima da cultura de um povo. Nós estamos sempre brigando, correndo para que a gente seja lembrado”, disse o Mestre Sombra, da Associação Senzala de Santos.
Para Mestre Bandeira, o espaço marca um grande ponto de esperança e um fortalecimento da cultura. “A capoeira tem sido um símbolo de resistência. Nós estamos dando um passo para muitos outros que virão”.
A inauguração da Roda de Capoeira do Novo Quebra-Mar teve várias apresentações, incluindo um capoeirista francês Julien Chabrier, conhecido como Gato. O secretário de esportes, Rogério Sampaio, ressaltou a mistura de atividade física, gingado e cultura que a capoeira agrega. “Temos um grande número de praticantes em Santos e agora a capoeira está no lugar certo”.
A capoeira em Santos é reconhecida como patrimônio cultural imaterial por meio da Lei nº 4.102/22, que estabelece diretrizes e incentiva sua prática em locais públicos. O documento destaca a referência à continuidade histórica e sua relevância para a memória, identidade e formação da sociedade santista.
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