Se diagnosticado precocemente, há 80% de chances de cura
Feridas que não cicatrizam, rouquidão que não passa, uma dor de garganta que não vai embora. Sintomas muitas vezes subestimados podem indicar a existência de um problema muito mais grave: câncer de cabeça e pescoço.
Pouco conhecido entre os tumores mais comuns, o câncer de cabeça e pescoço é o quinto mais frequente no Brasil. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são diagnosticados por ano cerca de 40 mil novos casos e registradas aproximadamente 10 mil mortes.
Em 27 de julho é celebrado o Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço.
Câncer de cabeça e pescoço é um nome genérico para os tumores que podem se formar na cavidade oral, nas glândulas salivares, faringe seios paranasais e cavidade nasal e laringe. Pela classificação do INCA, também são considerados câncer de cabeça e pescoço os tumores surgidos na tireoide e esôfago cervical.
Em homens, há mais casos de câncer de boca, em mulheres, na tireoide.
Segundo o INCA, cerca de 76% dos casos só são diagnosticados em estágio avançado, o que dificulta o tratamento, além de elevar a taxa de mortalidade.
Causas e fatores de risco do câncer de cabeça e pescoço
Há muitos fatores de risco associados ao câncer de cabeça e pescoço, incluindo tabagismo, consumo excessivo de álcool, infecção com certos vírus (como o HPV) e exposição a certos produtos químicos. Desta forma, pensando em prevenção, melhor evitar o uso de cigarro e o consumo de álcool, tomar a vacina contra o HPV é uma iniciativa importante.
De cada dez dez pacientes com câncer de cabeça e pescoço, oito são ou já foram fumantes
A maioria dos cânceres de cabeça e pescoço podem ser detectados precocemente através de exames regulares feitos por um médico ou dentista. Entretanto, alguns sintomas de câncer de cabeça e pescoço podem passar despercebidos.
Os sintomas mais comuns são muitas vezes confundidos com outras condições menos graves, como um caroço ou ferida que não cicatriza, uma dor de garganta que não vai embora, com dificuldade em engolir, rouquidão e perda de peso.
Se diagnosticado precocemente, há 80% de chances de cura.
Como prevenir o câncer de cabeça e pescoço
O tabagismo e o consumo de álcool em excesso são comprovadamente fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de cabeça e pescoço. Além disso, estudos apontam que a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) e a prática de relações sexuais sem o uso de preservativos também têm ligação com a doença.
A prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço está atrelada a mudança de hábitos. O oncologista Eduardo Moraes, coordenador do Comitê de Tumores de Cabeça e Pescoço da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), destaca a importância de realizar consultas e exames de rotina com seu médico e dentista de confiança.
“Além disso, é importante adotar bons hábitos como a prática de exercícios físicos; manter uma alimentação saudável; deixar de lado o tabagismo e o consumo de álcool em excesso; além de não se esquecer da higiene bucal”, completa.