A Portuguesa Santista foi condenada a pagar uma multa de 50 mil reais e à perda de um mando de campo devido o caso de racismo cometido por torcedores contra o goleiro Tom Cristian no jogo contra o São José.

O clube foi enquadrado no artigo 243-G parágrafos 1º e 2º do Código Penal de Justiça Desportiva, que considera infração “praticar ato discriminatório, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência” e prevê pena de multa ou até mesmo perda de três pontos. Se esta última punição fosse aplicada, a Briosa etária instantaneamente rebaixada para a Série A3 do Campeonato Paulista.

A defesa do time Rubro-Verde foi feita pelo advogado Rafael Cobra que, junto dos depoimentos do goleiro Tom Cristian e do gerente de futebol Cassiano Carduz, evitaram uma punição mais severa. Ainda será decidido quando a Portuguesa irá cumprir a punição referente à perda do mando de campo.

O caso

Na noite de 20 de fevereiro, pela 11ª rodada do Campeonato Paulista da Série A2, a Portuguesa foi derrotada pelo São José, em Ulrico Mursa, por 3 a 0. Entretanto, a partida ficou marcada pela denúncia de um caso de racismo sofrido pelo goleiro Tom Cristian, que alegou ter sido chamado de “macaco” pelos próprios torcedores da Briosa logo após o terceiro gol do time do Vale do Paraíba. O arqueiro se recusou a retomar sua atuação e o jogo foi suspenso pela arbitragem, que encerrou a partida 12 minutos antes do previsto. Desde então, Tom não vestiu mais a camisa rubro-verde.