Saúde

AVC: como identificar, prevenir e agir

01/11/2024
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De acordo com o Ministério da Saúde, o AVC é uma doença tempo-dependente, ou seja, quanto mais rápido o tratamento, maior a chance de recuperação completa

O acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame cerebral, é caracterizado pela perda rápida de função neurológica, decorrente do entupimento ou rompimento de vasos sanguíneos cerebrais.

Estima-se que seis brasileiros morreram de derrame a cada hora, em média, no Brasil. Em números totais, são cerca de 39.345 mortes causadas por essa condição apenas de janeiro a agosto de 2024 – dados do Portal de Transparência do Registro Civil da Arpen Brasil -, sendo 14.861 óbitos apenas no estado de São Paulo, segundo a Secretaria de Saúde do Estado.

O dia mundial do combate ao AVC é celebrado no dia 29 de outubro. Um dia dedicado a relembrar, orientar e alertar sobre os cuidados necessários para prevenir, identificar e agir em caso de derrames.

Os especialistas chamam a atenção da sociedade para medidas simples. Por exemplo, um sorriso torto pode ser sintoma de um derrame (AVC) e, diante deste sinal, a busca por atendimento rápido, numa corrida contra o relógio, pode fazer a diferença entre a vida e a morte, a saúde plena ou a convivência com sequelas.

De acordo com o Ministério da Saúde, o AVC é uma doença tempo-dependente, ou seja, quanto mais rápido o tratamento, maior a chance de recuperação completa. Sendo assim, é primordial a identificação dos sinais de alerta, para o reconhecimento da ocorrência.

Os mais comuns são: alterações na fala; dificuldade para entender comandos simples; confusão mental; perda visual em um ou nos dois olhos; convulsões; perda de força e/ou sensibilidade em um ou ambos os lados do corpo; perda de equilíbrio, coordenação ou dificuldade para andar e dor de cabeça intensa.

No Brasil, uma menor preocupação com a prevenção ao AVC tem impedido uma maior queda no número de casos. Essa realidade vai na contramão da tendência mundial. A dificuldade no País decorre da não inclusão dos cuidados preventivos ao AVC como parte da rotina (individual e coletiva).

Coisas simples como atividades físicas, combater o estresse, manter uma alimentação equilibrada, evitar o fumo e a ingestão de bebidas alcoólicas podem contribuir com a prevenção.

Em caso de sintomas ou suspeitas em relação a outra pessoa siga esses passos (abaixo) para identificar:

  • Verifique se o paciente está com a boca torta e peça para que ele dê um sorriso. Se o rosto permanecer imóvel, pode ser AVC;
  • Caso ele reclame de perda de força nos braços, peça para que levante as mãos para o alto. Se não conseguir, fique alerta;
  • Fale uma frase ao paciente e peça para que ele repita. Caso tenha dificuldade, providencie atendimento médico imediatamente.

Dado o reconhecimento desses sintomas, deve-se ligar imediatamente para o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu 192), que será o responsável pela triagem dos pacientes com suspeita de AVC, ou se dirigir à unidade de saúde mais próxima.

O diagnóstico é feito por meio de exames de imagem, que permitem identificar a área do cérebro afetada e o tipo do derrame cerebral. A tomografia computadorizada de crânio é o método de imagem mais utilizado para a avaliação inicial do AVC isquêmico agudo, demonstrando sinais precoces de isquemia.