No último sábado, o Clube de Automóveis Antigos de Santos voltou a fazer os seus encontros na Praça Mauá e eu logicamente estava lá. Não é segredo para ninguém que o meu amor por antigomobilismo vem de berço. Meu pai era um apaixonado por carros, principalmente pelos antigos e herdei dele essa paixão. Mas o gosto do meu pai não foi a única coisa que fez com que eu me interessasse por carros antigos. Chega a ser engraçado, pessoas que não gostam não conseguem entender esse sentimento. Mas para mim, carros antigos são muito mais do que carros construídos no passado.
Quando eu olho um veículo antigo, eu enxergo muito mais do que um simples carro que parou de ser fabricado. Eu vejo as linhas bem definidas, qualidades, detalhes, o acabamento e a característica dos carros. Correndo o risco de parecer um velho reclamão, mas antigamente os carros eram feitos para durar, carro era carro, não eram os brinquedos que vemos hoje, feitos de plástico, nos quais encostam e amassam. Ok, sei que essas mudanças foram feitas por motivo de segurança (o carro absorve o impacto e as chances de motorista e passageiros se machucarem é menor), porém é inegável o apelo que essa resistência tem.
Outro fator que me atrai tanto nos carros antigos é que esses carros de época tinham o seu “DNA”. Ou seja, Santana tinha uma cara, o Gol tinha outra e o Voyage tinha outra diferente. Hoje você pega uma montadora e os carros têm todos a mesma aparência. Do hatch ao sedã, às vezes não dá para saber qual é qual vindo na avenida.
Para mim, antigomobilismo é muito mais que um hobby. É um estilo de vida. Não dá para explicar a alegria de encontrar os meus amigos que dividem esse amor, de restaurar um carro, de garimpar peças nos mercados de pulgas. É algo que só quem gosta mesmo entende.
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