O ex-governador Geraldo Alckmin deixou o PSDB, partido do qual foi um dos fundadores e onde permaneceu durante mais de 33 anos.
Em sua despedida, o ex-governador disse que sempre foi um soldado pronto para combater o bom combate.
“Chegou a hora da despedida”, disse ele, ao dar adeus ao tucanato.
Segundo Alckmin “é hora de traçar um novo caminho”.
Ainda não é oficial, mas o ex-governador está decidido: vai aceitar o convite do ex-presidente Lula, de quem foi adversário, para ser candidato a vice.
Neste domingo (19) Lula e Alckmin estarão juntos num jantar que reunirá 500 pessoas no Figueira Rubayat, em São Paulo – uma espécie de formalização de noivado.
Há resistências ao casamento político dos dois líderes, mas os que resistem, tanto à esquerda como à direita, terão de aceitar porque a escolha do vice foi feita por Lula e aceita por Alckmin.
O argumento utilizado tanto por Lula como por Alckmin, para convencer os que resistem, é o mesmo: é preciso salvar a democracia, que sofre o seu mais duro ataque no governo de Jair Bolsonaro.
Num país onde até o passado é imprevisível, como dizia o ex-ministro Pedro Malan, é difícil prever o que acontecerá em 2022, mas é bem provável, salvo algum acidente de percurso, que Lula e Alckmin, dois ex-adversários políticos, subam a rampa do Palácio do Planalto em 1º de janeiro de 2023.
A carestia desenfreada (e não apenas a Covid) vai balançar o coreto do capitão-presidente.
Povo desempregado e com fome não costuma reeleger governante.
Haja motociata em 2022.