Quinta-feira (13) foi o Dia Mundial do Rim, um par de órgãos de vital importância para a sobrevivência, pois exercem funções essenciais no organismo, como filtrar o sangue, regular a pressão sanguínea e controlar o balanço químico e de líquidos do corpo. Além disso, interferem no funcionamento de vários outros órgãos e, quando estão com algum problema, o corpo todo sente: a pressão arterial sobe, o corpo incha, pode surgir falta de ar e náuseas, entre outros sintomas.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), mais de 12 milhões de brasileiros apresentam algum grau de insuficiência renal. Outros 52 milhões correm risco de desenvolver alguma doença nos rins por fatores de risco como a idade, diabetes, hipertensão ou histórico familiar.
Em todo mundo estima-se em 600 milhões de pessoas com alguma forma de lesão renal. Hoje, a doença é tratada como um problema global de saúde pública. Se detectada precocemente e com o cuidado adequado, a deterioração dos rins pode ser retardada ou mesmo estagnada.
Observe sua urina
Observar a urina é uma medida simples e eficaz para saber como anda a saúde dos rins. “A função dos rins é excretar na urina as substâncias do sangue que estão em excesso, que são tóxicas ou que não nos tenham utilidade”, explica o nefrologista Pedro Pinheiro, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). De acordo com o médico, uma urina saudável tem cor amarelo-clara, quase transparente, sem cheiro, com uma quantidade pequena de espuma e não provoca dor ou desconforto ao urinar.
Além da cor, o aspecto da urina pode ser uma dica para se identificar doenças precocemente. Uma urina com excesso de espuma pode ser sinal de doença renal. Já uma urina “leitosa” pode significar a presença de pus. Por fim, urina com odor forte pode indicar cálculo renal.
Consequências para o corpo
Quando não cuidamos bem dos nossos rins muitos problemas podem acontecer, como nefrite, infecção urinária, cálculo renal, obstrução urinária e até insuficiência renal. São problemas que podem ocorrer devido a fatores genéticos, mas existem outros fatores que podem colocar em risco a saúde dos rins, como a alimentação, que, se for rica em gordura e pobre em vitaminas e fibras, pode ser perigosa para esses órgãos.
Entre as doenças que acometem os rins estão diabetes e a pressão alta, que, se não tratadas, podem levar à paralisação dos órgãos. A doença mais grave é a renal crônica, que atinge mais de 100 mil pacientes em diálise atualmente no Brasil, ou seja, ligados a uma máquina para sobreviver. A prevenção é fundamental para conter esse avanço.
A doença renal pode afetar pessoas de todas as idades, mas após os 40 anos a filtração renal começa a diminuir cerca de 1% por ano. Por isso, é importante sempre visitar um médico, fazer exames de rotina, beber muita água, ter hábitos saudáveis e evitar excessos.
Alguns sintomas são comuns a problemas renais. Observar sinais como pressão alta, diabetes, dificuldades de urinar, queimação ou dor ao urinar, ir ao banheiro muitas vezes, inchaço ao redor dos olhos e das pernas, dor lombar ou histórico de pedra nos rins podem ser indicativos importantes na hora de decidir por procurar um médico.
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