Fronteiras da Ciência

A escolhida

28/06/2024
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Conta-se que, por volta do ano 250 a.C., na China antiga, um príncipe da região norte do país estava às vésperas de ser coroado imperador, mas, de acordo com a lei, ele deveria se casar.

Sabendo disso, ele resolveu fazer uma disputa entre as moças da corte e lançaria um desafio.

Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe.

Ao chegar em casa e relatar o fato à jovem, espantou-se ao saber que ela pretendia ir à celebração, e indagou incrédula:

-Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes todas as mais belas e ricas moças da corte. Tire esta ideia insensata da cabeça.

E a filha respondeu: –Eu sei que jamais poderei ser a escolhida, mas é minha oportunidade de ficar, ao menos alguns momentos, perto do príncipe.

À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais belas moças, com as mais belas roupas.

Então, finalmente, o príncipe anunciou o desafio:

-Darei a cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de 6 meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa.

Passaram-se 3 meses e nenhuma flor surgiu. A jovem tudo tentara, usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido.

Dia após dia, ela percebia cada vez mais longe o seu sonho, mas cada vez mais profundo o seu amor.

Por fim, os 6 meses haviam passado e nada havia brotado. A jovem decidiu ir mesmo assim, pois pretendia apenas ver o príncipe mais uma vez.

Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as outras pretendentes, cada uma com uma flor mais bela do que a outra.

Finalmente chega o momento esperado e o príncipe observa cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção. Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica a bela jovem como sua futura esposa.

As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu porque ele havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado. Então, calmamente o príncipe esclareceu:

-Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma imperatriz: a flor da honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.

[com base em texto da Red. do Momento Espírita]

A honestidade é como uma flor tecida em fios de luz, que ilumina quem a cultiva e espalha claridade ao redor.

 

 

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