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Katiuscia, do Corinthians, comemora tetra brasileiro com bandeira de São Vicente

30/09/2021
Katiuscia, do Corinthians, comemora tetra brasileiro com bandeira de São Vicente | Jornal da Orla

Qual apaixonado por futebol nunca sonhou em ser um jogador ou jogadora profissional? E ganhar três títulos brasileiros e uma Libertadores por um dos maiores clubes do País? Este é o currículo de Katiuscia Fernandes, campeã brasileira pelo Corinthians em 2018, 2020 e 2021, além de ter conquistado a Libertadores em 2019. E não para por aí: a lateral direita também foi campeã brasileira em 2017, por outro gigante: o Santos FC. 

Mas antes de chegar ao topo, Katiuscia teve de lutar muito. Nascida em Santos, ela morou em São Vicente até os 21 anos, e possui imensa gratidão e carinho pelo Município. Motivos que fizeram a lateral comemorar o título com a bandeira da Primeira Cidade do Brasil. "Eu quis entrar em campo com a bandeira de São Vicente para manifestar minha gratidão à Cidade onde iniciei minha carreira", comenta. 

Foi em São Vicente que Katiuscia começou a dar os primeiros chutes, e perceber o amor pelo esporte. "Sempre fui apaixonada por futebol. Quando era criança, brincava nas ruas, jogava os campeonatos escolares, mas nunca imaginei que me tornaria uma jogadora profissional. Porém, em meu primeiro treino pelo São Vicente Atlético Clube, tive a certeza de que aquele era o meu sonho", completa. 
 
Sua carreira possui raízes calungas, tendo iniciado a trajetória no clube vicentino. Katiuscia também marcou passagens pelo XV de Piracicaba, Botucatu e São José do Rio Preto. 
 
Como verdadeira apaixonada pelo esporte, suas atividades não se restringiam ao futebol. Na juventude, ela também praticou outras modalidades, como o handebol. 
 
A exemplo da imensa maioria dos jogadores de futebol, Katiuscia também encontrou diversas dificuldades no caminho. Mas, como uma grande craque, 'driblou' todas elas. A atleta conta que precisou lidar com um dos maiores problemas enfrentados por uma mulher no futebol: o machismo. "Infelizmente, devido ao preconceito estrutural na sociedade que desvaloriza a mulher, eu consequentemente sofri com discursos machistas em minha trajetória", comenta. 
 
Entretanto, a lateral enxerga uma luz no fim do túnel e acredita que, cada vez mais, ganha espaço na mídia. "O futebol feminino, nessa final, mostrou o seu tamanho, tendo a maior audiência da TV fechada no horário. Foi um lindo espetáculo. O produto é o mesmo, só precisamos de mais visibilidade."