Em meio à pandemia, a Prefeitura de São Vicente deixa dois Prontos-Socorros concluídos fechados. Um deles fica no Jardim Rio Branco, na área continental de São Vicente, e outro na Linha Vermelha, na Vila São Jorge. As unidades foram concluídas na gestão do prefeito anterior, Pedro Gouvêa (MDB), mas nunca entraram em funcionamento. 

Com 1,5 mil metros de área construída, o PS do Jardim Rio Branco foi projetado para abrigar 25 leitos, salas de atendimento, medicação, inalação e medicação, além de equipamentos de Raio-X e eletrocardiograma. Ele fica localizado na  Avenida Ulisses Guimarães, esquina com a Rua Gilberto Esteves Martins, no coração do bairro.

Já o Pronto-Socorro na Rua Minas Gerais (mais conhecida como Linha Vermelha) deveria ser a maior unidade municipal de saúde de São Vicente. Com 3,2 mil metros de área construída, foi planejada para abrigar 49 leitos e oferecer atendimentos de urgência e emergência de Pediatria, Clínica Médica, Ortopedia, Odontologia, Bucomaxilo e Cirurgia Geral.

As unidades foram construídas pela Mute Participações LTDA, do grupo Macuco, no modelo “built to suit” – aluguel a longo prazo no qual o imóvel é construído para atender as necessidades do locatário (no caso, a Prefeitura).
 

Prefeitura fala em revisão contratual e estudo físico-financeiro

Em relação ao PS do Jardim Rio Branco, a Prefeitura de São Vicente informou que está fazendo uma revisão contratual para verificar a viabilidade e necessidade real do equipamento para a região, considerando que há duas unidades de Pronto Atendimento (PAs), no Parque das Bandeiras e no Humaitá, “que atendem a demanda necessária de urgência e emergência na Área Continental”.

Em relação à unidade na Linha Vermelha, a Prefeitura afirma que que ela está fechada por falta de recursos. O prefeito Kayo Amado quer que o local seja utilizado como hospital de campanha, custeado pelo Estado.

A Prefeitura ressaltou também que fazendo um estudo físico-financeiro para uso do equipamento e analisa a região onde o prédio foi construído, pois ela registra alagamentos frequentes em dias de chuvas.

A Prefeitura acrescentou que os dois locais são vigiados pela Guarda Municipal.