O ex-presidente Lula ainda tinha alguma relevância quando estava preso na cela especial que lhe foi reservada na sede da Polícia Federal em Curitiba.
Restava-lhe um certo charme, algo nostálgico da imagem de um grande estadista que ele nunca foi.
A definição mais correta de Lula talvez tenha sido revelada à Nação por Emílio Odebrecht, o chefão da família que se envolveu num dos maiores escândalos de corrupção da história da humanidade: "Bon Vivant".
Enfeitiçado pelo poder, Lula desfrutou das melhores coisas materiais que o dinheiro e o cargo poderiam lhe oferecer.
Vinhos e uísques premiados, jatinhos, hotéis de luxo,carros blindados, e até uma assessora que lhe "acalmava" em viagens aéreas.
E por aí vai.
A mordomia continuou depois que deixou o Palácio do Planalto e ganhou um bônus: palestras milionárias.
O retirante nordestino, Luiz Inácio, que passou fome na infância, vendeu a alma para o diabo e virou o Lula, que chegou a ser chamado de "o cara", pelo então presidente dos EUA, Barack Obama.
O diabo dá tudo pra quem lhe vende a alma, mas também apresenta a conta.
E a conta veio salgada, quando os brasileiros ficaram sabendo que seu líder – o pai dos pobres – estava enfiado até o pescoço num gigantesco esquema de corrupção.
Apesar de tudo, Lula ainda tem uma parcela grande de admiradores.
Pessoas que acreditam que ele foi vítima do sistema, que era inocente.
Tudo bem. Cada um acredita no que quer.
O fato é que na prisão a voz de Lula ainda tinha peso.
O Lula livre veio e mostrou que o personagem vivido por ele não passa de uma fraude.
Tuas ideias não correspondem aos fatos, como dizia a música de Cazuza.
Lula é, na verdade, uma fake news ambulante.
De todos os males que Lula produziu, o maior certamente não terá sido o gigantesco escândalo de corrupção registrado em seu governo, mas, sim, o de ter decretado o fim da esperança.
Sem Lula, Jair Bolsonaro jamais teria chegado à presidência da República – estaria hoje em seu 30º ano como deputado federal do baixo clero.
Bolsonaro seria apenas mais um parlamentar inexpressivo, que acha que direitos humanos são coisa de "boiola" ou algo assim.
Enfim, é a vida.
O Lula livre diz que não vai assinar o manifesto em defesa da democracia – justamente agora que a democracia brasileira está tão ameaçada – porque não é uma "Maria vai com as outras".
O Lula presidente preferiu ser a "Maria vai com as outras" de empreiteiros corruptos e com eles foi para a cadeia.
Agora, para ele, salvar a democracia virou problema dos brasileiros.