SP bate novo recorde e confirma 211 novas mortes por coronavírus em 24 horas
23/04/2020O Estado de São Paulo registra nesta quinta-feira (23) um novo recorde, chegando a 1.345 mortes por coronavírus, com aumento de 211 óbitos nas últimas 24 horas. Esse é o maior número já confirmado nesse intervalo de tempo, sendo mais de oito vítimas da doença por hora, desde quarta-feira (22).
Nesta quinta (23), são 114 cidades com pelo menos uma vítima fatal da doença COVID-19, causada pelo novo coronavírus. São Paulo tem ainda 16.740 casos confirmados da enfermidade, distribuídos em 256 municípios.
A doença avança fora da capital, onde a concentração de mortes caiu de 87% para 67% neste mês. Por outro lado, o número de óbitos cresceu 21 vezes no interior, litoral e outras cidades da Grande São Paulo. O balanço desta quinta (23) aponta 433 mortes nessas regiões. No dia 1º de abril, eram 20 mortes fora da cidade de São Paulo.
Também se verifica o aumento expressivo nas internações, com 7 mil suspeitos e confirmados nos hospitais de SP – 2.807 internados em UTI e 4.196 em enfermaria. A taxa de ocupação dos leitos para atendimentos COVID em UTI no Estado de São Paulo está em 55,3%. Na Grande São Paulo, a taxa está em 74%.
Perfil da mortalidade
Entre as vítimas fatais, estão 789 homens e 556 mulheres. Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 76,5% das mortes.
Observando faixas etárias subdividas a cada dez anos, nota-se que a mortalidade é maior entre 70 e 79 anos (350 do total), seguida por 60-69 anos (300) e 80-89 (275). Também faleceram 105 pessoas com mais de 90 anos. Fora desse grupo de idosos, há também alta mortalidade entre pessoas de 50 a 59 anos (160 do total), seguida pelas faixas de 40 a 49 (92), 30 a 39 (47), 20 a 29 (13) e 10 a 19 (3).
Os principais fatores de risco associados à mortalidade são cardiopatia (60,8% dos óbitos), diabetes mellitus (42,7%), pneumopatia (14%), doença neurológica (11%) e doença renal (11%). Outros fatores identificados são imunodepressão, obesidade, asma e doenças hematológica e hepática. Esses fatores de risco foram identificados em 1.123 pessoas que faleceram por COVID-19 (83,5% do total).