Os cães podem sofrer com doenças cardíacas, assim como os humanos. Alguns animais têm predisposição para o aparecimento desses problemas, entre eles, os idosos. Existem diversas causas que levam a um mau funcionamento do coração dos cães. As duas doenças mais frequentes são a Doença Valvar Crônica (DVC) e a Cardiomiopatia Dilatada (CMD).
“Ambas não têm cura, mas o paciente pode se beneficiar muito com o tratamento clínico, que confere alívio dos sintomas e qualidade de vida, especialmente se a doença for identificada no início", afirma a médica-veterinária Gabriela Rosa.
Como funciona o coração?
O coração é como uma bomba que impulsiona o sangue que circula pelo organismo, levando oxigênio e nutrientes. Os cães, assim como outros mamíferos, têm dois átrios e dois ventrículos que são separados por válvulas responsáveis por manter o fluxo sanguíneo no caminho correto. A DVC acomete justamente as válvulas do coração e as estruturas que as sustentam. É a cardiopatia mais comum em cães e acomete, além dos idosos, os maltês, poodle e dachshund e os com predisposição genética para a doença, como a raça Cavalier King Charles Spaniel.
Já a CMD é caracterizada pela perda da função do músculo cardíaco, prejudicando a capacidade de contração do coração. A doença é mais comum em cães de grande porte, como boxer, dogue-alemão, labrador e, especialmente, o dobermann, que tem predisposição genética para o desenvolvimento da doença.
Por isso, a recomendação é que os cães a partir dos sete anos passem por consultas regulares para detectar essas e outras doenças precocemente, e que os tutores estejam atentos a alterações na saúde e no comportamento dos pets. Quanto mais cedo for iniciado o tratamento, melhores as chances de os cãezinhos terem uma vida mais longa e de qualidade.
Foto: Pixabay