
Sete dos 11 titulares do Brasil no jogo contra a Suíça foram criados pela mãe, sem pai. No Brasil 5,5 milhões de crianças não tem o nome do pai na certidão de nascimento.
Essa informação – relevante, e que diz muito sobre o país – foi trazida ao telespectador durante a estreia da seleção brasileira na Copa da Rússia.
Foi o Galvão Bueno?
Não. Coube à dupla Isabelly Morais e Vanessa Riche, no Fox Sports 2.
Isabelly se tornou a primeira mulher a narrar na TV brasileira uma partida de Copa do Mundo, e tem feito bonito nos jogos – incluindo o primeiro do Brasil.
Algumas semanas atrás escrevi sobre o lento – mas importante – crescimento da participação feminina nas transmissões televisivas de futebol. E o Fox Sports marca um golaço ao abrir espaço para narradoras soltarem a voz na mais importante competição esportiva do planeta envolvendo uma única modalidade.
Além de Isabelly e da comentarista Vanessa Riche (ex-apresentadora do Sportv), Renata Silveira e Manuela Avena também narram os jogos do Mundial pela emissora. Vale a pena dar uma conferida.
Alternativa
Quatro anos atrás, no Brasil, a Fox Sports optou pelo humor em seu segundo canal nas transmissões das partidas da Copa. E acertou em cheio.
Agora, opta novamente por fugir do lugar-comum, concedendo um espaço inédito para narradoras mostrarem seu potencial. Do ponto de vista jornalístico, é o fato mais marcante da cobertura do Mundial na Rússia.
Hábito
O narrador global Cléber Machado, ao ser indagado sobre o assunto, aprovou a atitude da Fox. “Como é uma novidade, todo mundo fica de olho. Mas é uma questão de hábito, não há diferença”, afirmou.
Exagero
A choradeira contra a arbitragem foi a tônica na transmissão e matérias pós-jogo entre Brasil e Suíça. Na abertura do “Fantástico” o empate foi atribuído mais à arbitragem polêmica do que ao desempenho discreto da seleção. Aliás, o programa estava mais com cara de “Fanático”!
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