
“Deus Salve o Rei” chegou imponente, dando uma guinada de 180 graus no perfil dos folhetins que costumam preencher o horário. A começar pela temática medieval, só vista antes na divertida e anárquica “Que Rei Sou Eu?”, que Cassiano Gabus Mendes escreveu no final dos anos 80.
Mas agora a pegada é outra, apesar de não deixar o humor de lado. A nova novela é claramente inspirada em séries de sucesso mundial que utilizam o tema, como “Game of Thrones” e “Vikings” – com muito menos sangue, sexo e violência, é óbvio.
Pelo menos neste início, o autor Daniel Adjafre e o diretor Fabricio Mamberti têm apresentado um belo trabalho, centrado na história de dois reinos (Montemor e Artena) que dependem um do outro.
A produção e os figurinos estão impecáveis, e a emissora faz um investimento recorde em efeitos visuais, envolvendo 40 profissionais.
Algumas atuações já se destacam, como as do veterano Marco Nanini (Augusto) e Johnny Massaro (Rodolfo). Em contrapartida, a galera das redes sociais não tem perdoado a vilã encarnada por Bruna Marquezine…
Em suma, “Deus Salve o Rei” foge da caricatura, como é o caso de “Belaventura”, da Record, que também envereda pela temática medieval e não emplacou.
E na primeira semana de exibição a novela não decepcionou no ibope, com média de 27 pontos entre os dias 9 e 13.
Vale a pena – Ainda na área da dramaturgia, a Globo começou bem 2018 com duas ótimas micro séries, “Malasartes” e “Entre Irmãs”, mostrando que vale muito a pena investir neste formato de tramas curtas.
Bola da vez – Lançando “O Livro de Jô – Uma Biografia Desautorizada“, Jô Soares foi entrevistado no “Bola da Vez”, da ESPN Brasil. Foram duas horas de um bate-papo delicioso com Juca Kfouri, Matinas Suzuki e João Carlos Albuquerque. Uma conversa recheada de histórias vividas por Jô – boa parte delas ligadas ao esporte. Se ainda surgir uma reprise, não perca.
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