A partir de segunda-feira (6), os 11 mil servidores representados pelo sindicato dos estatutários municipais de Santos (Sindest) paralisarão cada dia um setor da Prefeitura de Santos. A chamada ‘greve pipoca’ foi aprovada em assembleia da categoria, na noite de quinta-feira (2), em represália à falta de proposta do executivo para a data-base de fevereiro. O primeiro setor a paralizar as atividades foi o Departamento de Gestão de Pessoas. A greve geral deve acontecer na quinta-feira (9).
As negociações não tiveram sucesso na quinta-feira (2), quando dois diretores do sindicato estiveram na prefeitura, onde esperavam receber contraproposta às reivindicações do funcionalismo.
“Infelizmente”, disse o presidente do Sindest, Fábio Marcelo Pimentel, na abertura da assembleia, “não apresentaram nada. Voltamos à estaca zero e temos que reagir à radicalização do poder público”.
A direção do sindicato já definiu qual o primeiro setor a ser paralisado, mas achou melhor não divulgá-lo, segundo Fábio, para evitar repressão policial ao movimento. “Estaremos no local determinado antes da abertura do expediente, com a diretoria e militância do sindicato”, adianta o presidente. “Temos certeza que o pessoal acatará a decisão da assembleia”.
Fábio criticou a prefeitura por não cumprir o prometido pelo secretário municipal de gestão, Carlos Teixeira Filho ‘Cacá’, na terça-feira da semana passada (21). O secretário garantiu que a apresentaria uma contraproposta no primeiro dia útil após o carnaval, para apreciação da assembleia. “Mas não manteve a palavra”, lamenta o sindicalista.
Segundo ele, Cacá disse aos dois diretores do sindicato que foram ao paço municipal que estava aguardando o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) o atender para definir a resposta ao funcionalismo.
“Ficamos sabendo que ele estava numa reunião com o deputado federal João Paulo Tavares Papa (PSDB) e que não deu a mínima importância aos sindicalistas que foram buscar a proposta”, disse Fábio. “O fato dele pouco se lixar para o sindicato nem é tão grave”, pondera o sindicalista. “O pior é pouco se lixar para as necessidades da categoria, que tem grande defasagem salarial”.
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