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A falência do Estado brasileiro

21/01/2017 Da Redação
A crise no sistema prisional brasileiro reflete apenas o que os brasileiros mais bem informados já perceberam: a falência total do Estado. No Brasil atual, onde mais de 12 milhões de trabalhadores se defrontam com o fantasma do desemprego e outros milhões receiam receber o aviso prévio em seu local de trabalho, pouca coisa parece funcionar.
 
Apesar de pagar um dos impostos mais altos do mundo, os brasileiros não recebem a contrapartida do Estado. Educação, saúde, infraestrutura, serviços, nada funciona como deveria. Para completar, a onda de violência nas cadeias mostra que é o crime organizado e não as autoridades quem manda nos presídios e fora deles. Estão instalados a barbárie e o caos.
 
Com a explosão da violência, sabe-se agora que 40% das pessoas encarceradas estão lá indevidamente. Gente que não foi julgada e que é colocada ao lado de criminosos violentos. Criamos a universidade do crime e ela produz a cada dia novos bandidos que vão atemorizar uma sociedade indefesa.
 
O processo de esgarçamento do tecido social não aconteceu do dia para noite. Ele vem sendo construído ao longo dos anos por uma elite e por uma classe política que só pensam em seus próprio privilégios. A Nação aceitou passivamente que cidadãos sem escrúpulos assumissem cargos chaves no comando do país. Só podia dar no que deu.
 
É só olhar os nomes de quem comanda o Brasil no Executivo e Legislativo para constatar que a maioria deles está envolvida em denúncias de falcatruas e de corrupção. Meia dúzia de políticos corruptos roubaram sozinhos mais que todos os presidiários do Brasil. O que se pode esperar de uma Nação governada por canalhas?
 
Última esperança dos brasileiros de bem, o Judiciário também não faz sua parte. Apesar de ser um dos mais bem pagos do mundo, e com vários privilégios, não consegue julgar processos com rapidez.
 
Até quando os brasileiros terão de esperar?