O prefeito de Cubatão, Ademário Silva (PSDB), decretará calamidade financeira nesta semana. E contará com apoio da câmara de vereadores. Ele anunciou a medida na manhã de segunda-feira (16), em assembleia dos empregados da Cursan (companhia cubatense de urbanização e saneamento).
Os 15 vereadores participaram da reunião, com o presidente do sindicato dos trabalhadores na construção civil (Sintracomos), Macaé Marcos Braz de Oliveira.
Com a subsede sindical totalmente lotada, Ademário comprometeu-se a agilizar a quitação dos salários de dezembro ainda nesta semana.
O pagamento da empresa de economia mista controlada pela prefeitura deveria ter caído na conta bancária dos 600 empregados no quinto dia útil de janeiro.
O prefeito garantiu ainda que se esforçará para liberar também o vale-transporte e quitar a dívida da empresa com a Santa Casa, para reabilitar o plano de saúde dos trabalhadores.
“Foi um momento histórico”, diz Macaé. “Nunca um prefeito e todos os vereadores vieram ao sindicato para falar aos empregados da Cursan. Foi uma assembleia bastante proveitosa”. O sindicalista espera que, após o pagamento salarial, do vale-transporte e do plano de saúde, a prefeitura negocie os atrasados, inclusive o 13º salário.
“Estamos limpando os trilhos e pretendemos não olhar mais pelo retrovisor”, pondera Macaé. Para ele, “a outra boa notícia foi a de que o prefeito avaliará a situação da empresa criteriosamente”.
“Pelo que entendemos, ele fará um amplo levantamento dos problemas para decidir como administrar as dívidas deixadas pelas administrações anteriores”, diz o sindicalista.
Com a decretação do estado de calamidade, Macaé espera que as verbas do estado e da federação venham diretamente para o município, “sem trâmites burocráticos”.
“Para quem entrou na reunião sem qualquer perspectiva”, diz o presidente do Sintracomos, “as palavras do prefeito e o aval dos vereadores foram acalanto”.
A assembleia questionou Ademário e os vereadores sobre vários assuntos e ficou satisfeita com o resultado, aplaudindo a todos, inclusive a direção sindical.
A Cursan está endividada em R$ 126 milhões, segundo o prefeito, que espera conseguir recursos para sanar os problemas por meio da decretação do estado de calamidade financeira.
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