Primeiro, os remédios sofrem com o calor. Normalmente, os medicamentos não devem estar em temperaturas superiores a 30ºC, o que, no Brasil, pode ser difícil durante essa estação do ano. Além disso, alguns deles precisam ser armazenados em temperaturas inferiores e, portanto, em geladeira.
Quando expostos a temperaturas muito altas e por longo períodos, os medicamentos se deterioram. Se perceber mudanças na cor ou na aparência, despreze o produto por segurança. Ao verificar que o comprimido ou a cápsula pareçam úmidos ou mais friáveis (desfazendo-se com facilidade), jogue-os fora. Parece óbvio, mas não deixe os seus medicamentos no carro, pois é um local muito quente. Em viagens longas, leve os medicamentos em caixas térmicas.
Por outro lado, o medicamento também pode trazer problemas no verão. A temperatura corpórea é controlada por vários mecanismos, como transpirar quando a temperatura interna está aumentada. No corpo, há uma estrutura semelhante a um termostato que estimula esses vários mecanismos de controle. Os antipsicóticos, usados em esquizofrenia e problemas, podem comprometer esse mecanismo, aumentando a temperatura corpórea sem controle.
Outros fármacos também precisam de mais atenção no verão, como os diuréticos que podem induzir a desidratação. É preciso cuidar de reidratação bebendo-se água constantemente e em pequenas quantidades. No verão a pressão arterial tende a cair, quem usa os anti-hipertensivo precisa ficar atento porque a pressão mais baixa deixa as pessoas mais sonolentas e desatentas.
O uso de medicamentos no verão precisa de mais atenção por pessoas que tenham associados outros fatores. A idade, por exemplo, idosos e crianças pequenas são sempre suscetíveis ao verão. A febre também merece atenção.
Além disso, obesidade e outras doenças podem comprometer o efeito dos remédios. Os medicamentos contra enxaqueca tronam-se menos efetivos, porque o calor age no sentido contrário ao medicamento. Enquanto esses promovem vasoconstrição, o calor dilata os vasos, principal causa da cefaleia.
Se ainda tiver dúvidas, encaminhe-as para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.
Deixe um comentário