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Hepatite B

17/12/2016Da Redação
Os vírus são a única espécie de seres sem célula. Não são considerados vivos por sua incapacidade de multiplicação de forma independente. São parasitas celulares que inserem seu material genético no da célula hospedeira para se multiplicar. Os vírus podem ter afinidade por alguns tipos de células, como as do fígado. Atualmente, são conhecidos aos menos cinco tipos de vírus diferentes que provocam hepatite. E são denominadas pelas letras A, B, C, D e E.
 
Por serem vírus diferentes, cada um tem características próprias. Por exemplo, o vírus causador da Hepatite B (HBV) pode ser transmitido por instrumentos contaminados (por exemplo, de manicure ou para tatuagem), pela via sexual desprotegida ou durante a gravidez, da mãe para o bebe. A infecção pelo HBV pode provocar a hepatite aguda ou crônica, esta é mais comum em crianças. 
 
Quanto mais jovem o infectado, maior a probabilidade de se tronar crônica. Em crianças com menos de um ano, torna-se crônico entre 80 e 90% dos casos. Em crianças entre um e seis anos, 30 e 50% delas terão infecção crônica e, nos indivíduos adultos, em menos de 5% dos indivíduos infetados. Não há tratamento medicamentoso para o quadro agudo. Como prevenção, vacinas são disponibilizadas pelo SUS, com três doses obrigatórias, em intervalos definidos.
 
Os medicamentos para Hepatite B crônica são distribuídos pelo SUS, a partir de protocolos pré-definidos. Um protocolo estabelece critérios de diagnóstico da doença e qual e quando usar o tratamento adequado. Nem todas as pessoas infectadas irão tomar os mesmos medicamentos e da mesma forma.
 
O tratamento não tem tempo definido porque depende de se conseguir reduzir, de forma significativa, a quantidade de vírus circulante pelo sangue. O tratamento da Hepatite B crônica é realizada com o uso de quatro medicamentos. Em associações específicas para cada condição patológica das pessoas. Dois dos medicamentos também podem ser usados no tratamento da infecção por HIV, que também é um vírus. Levando-se em consideração, inclusive, a condição de resistência ao medicamento. O tratamento bem conduzido é importante para se evitar a possível progressão para a cirrose e, eventualmente, o câncer.
 
Se ainda tiver dúvidas, encaminhe-as para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.