Certamente, o sol é a fonte da vida, fundamental para o ciclo biológico de todo ser vivo na Terra. A luz solar é tão adequada que a quantidade de energia recebida pela Terra permite, por exemplo, que seja encontrada água nas três formas: sólida, líquida e gasosa. Além disso, a renovação de oxigênio se dá pela intervenção do sol nas plantas e algas. E tudo isso graças à ação da atmosfera que filtra boa parte da radiação que atinge nossa superfície.
 

A luz solar é composta pela fração visível da radiação, além dos espectros infravermelho e ultravioleta. As radiações UV ainda podem ser divididas em três: UVA, UVB e UVC (que não atinge a superfície da Terra). A UVA é 20 mais penetrante na pele do que a UVB e é a principal responsável pelo fotoenvelhecimento. Ambas são prejudiciais tanto na exposição aguda (excesso de exposição em um mesmo dia) quanto na crônica, recebida ao longo da vida.
 

A exposição aguda à luz solar provoca queimaduras que podem induzir tardiamente o câncer. O câncer de pele é o terceiro tipo mais prevalente no Brasil. Podem ser classificados em três tipos diferentes: o espinocelular (20% dos casos), o basocelular (70% dos casos) e o melanoma (10% dos casos). Os dois primeiros são bastante relacionados à quantidade de exposição solar ao longo da vida e o terceiro tipo, o melanoma, não é dependente da radiação solar.
 

Desse modo, a exposição ao sol deve ser consciente e moderada. Há de se proteger contra os malefícios e aproveitar seus benefícios. É bastante sabido, mas muita gente contraria a regra de se evitar o sol a partir das 10 horas da manhã até às 16h00, por ser o de maior incidência da radiação. Usar roupas apropriadas e óculos escuros certificados também são medidas importantes. 
 

Nas áreas do corpo expostas ao sol, aplicar produtos farmacêuticos para a fotoproteção é muito importante. O Fator de Proteção Solar é uma medida relativa do quanto a substância contida no produto pode retardar a queimadura por exposição solar. O FPS é relativo porque são vários os fatores que interferem no efeito do sol. O tipo de pele, por exemplo, é bastante importante. Indivíduos claros, com cabelos e olhos claros são bem mais suscetíveis. 
 

Mas outros fatores também são importantes. O tempo de exposição, questões geográficas como latitude e altitude. Quanto mais próximos do equador e quanto maior a altitude, maior o risco de queimaduras. Além do horário de exposição. A área do corpo também interfere, sendo o rosto mais suscetível. 
 

A quantidade de produto aplicado, bem como a frequência de reaplicação são importantes. Como cálculo teórico, a quantidade necessária para uma criança de 1,22 m de altura, com 23,5 Kg é de 18 g de produto a cada duas horas. Já um adulto de 1,70m, com 73Kg, deveria aplicar cerca de 300g. Se o indivíduo entrar na água, correr ou suar, a reposição tem de ser mais frequente.
 

Se ainda tiver dúvidas, encaminhe-as para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.