Depois de oito anos de Barack Obama, um líder mundial que engrandece a raça humana, os Estados Unidos escolheram para sucedê-lo um magnata falastrão que cultiva valores do século 19. É simplesmente inacreditável o que aconteceu na principal potência do planeta.
O mundo está atônito porque os norte-americanos decidiram dar um salto no escuro justamente em um momento em que se avolumam problemas econômicos e sociais. Difícil encontrar respostas razoáveis para o que aconteceu, haja vista que Donald Trump era rejeitado até mesmo por alguns dos principais líderes do Partido Republicano.
Trump é a antítese de Obama: racista, homofóbico, xenófobo, não respeita mulheres e qualquer tipo de minoria e fez uma campanha presidencial pregando o ódio e a divisão.
O muro que prometeu fazer na divisa com o México, obrigando o país vizinho a custear a obra, é uma das propostas mais ridículas já apresentadas numa eleição americana. Ainda durante a campanha os eleitores puderam ser informados que o magnata sonegava impostos, assediava mulheres e, não raro, as tratava como prostitutas. Foi ainda, de todos os candidatos, disparado o que mais mentiu.Também era apoiado formalmente pela Ku Klux Klan, seita racista que surgiu nos anos 1860 e que prega a supremacia da raça branca.
Os eleitores sabiam de tudo, e ainda assim Trump foi eleito. Bem, parece claro que há algo de doentio numa sociedade que elege para seu principal líder um cidadão desprovido de valores morais que são essenciais à raça humana.
Em 20 de julho de 1969, ao pisar na lua pela primeira vez, o astronauta Neil Armstrong disse a frase que entrou para a história: “Um pequeno passo para o homem, mas um salto gigantesco para a humanidade”. Em 8 de novembro de 2016, os americanos, iludidos por promessas populistas de um magnata desprezível, fizeram o inverso: optaram por um grande salto rumo à escuridão. Uma pena.
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