Não causa surpresa o fim melancólico do governo Marcia Rosa (PT) em Cubatão. Ao contrário de vários caciques da legenda, no entanto, não se pode acusar a prefeita afastada (e que retornou ao cargo na sexta à tarde) de ter se beneficiado pessoalmente de atos lesivos ao erário.  O problema dela é incompetência administrativa.
 

Marcia Rosa representa uma parcela de políticos de esquerda que parece acreditar que o dinheiro nasce em árvores e que, por isso mesmo, o poder público pode gastar à vontade. Seu comportamento lembra muito o de Dilma Rousseff, também defenestrada do poder pelo mesmo motivo.
 

Dilma Rousseff e Marcia Rosa quebraram, respectivamente, o Brasil e Cubatão porque acreditavam que podiam fazer o que quisessem no exercício do mandato.
 

 A gastança irresponsável aniquilou as finanças públicas. A recuperação levará anos e custará sangue, suor e lágrimas aos contribuintes. Quantas empresas não fecharam suas portas? Vidas foram destruídas, milhões perderam o emprego por conta de um populismo arcaico e barato, que vendia ilusões enquanto alguns de seus caciques chafurdavam na lama da corrupção.
 

No final do primeiro mandato de Marcia Rosa já se sabia que seu governo havia quebrado a cidade. Não faltaram alertas, mas a prefeita conseguiu iludir o eleitorado e obteve a reeleição. Com seu estilo arrogante e sua notória incompetência administrativa completou o serviço. Foi afastada por decisão da Justiça, voltou na sexta-feira porque o TRE aceitou seu recurso, mas o fato é que a administração Marcia Rosa é um completo desastre.
 

Se a sra. prefeita vai deixar o cargo definitivamente nos próximos dias ou no final do seu mandato em 31 de dezembro pouca diferença fará. Do ponto de vista político, ela sairá da Prefeitura pela porta dos fundos e deixará uma herança pesada para seu sucessor. E uma conta muito salgada para o povo de Cubatão.