Com a formatura de 110 facilitadores e 27 multiplicadores do Programa Justiça Restaurativa, realizada na segunda-feira (24) pela Prefeitura de Santos, no Teatro Municipal Braz Cubas, Santos passa a contar com 218 ‘agentes da paz’, em dois anos de atuação da iniciativa.
O programa é desenvolvido em 28 escolas municipais, beneficiando 15.614 alunos. Tem, ainda, ações nas secretarias de segurança, saúde, cidadania e assistência social, defensoria pública, promotoria, judiciário e UniSantos.
Mais nove facilitadores finalizam curso em novembro, totalizando 227 ‘agentes da paz’. A função desse pessoal é intermediar e prevenir ocorrências (bullying, brigas, problemas familiares etc.), estabelecendo o diálogo entre as partes envolvidas (alunos, educadores e familiares), com práticas circulares (pessoas sentadas em círculos). Um ‘bastão da palavra’ (algum símbolo escolhido) é oferecido a quem irá falar. Os outros aguardam a vez. No círculo não existe um ‘cabeça’, mas um ‘guardião da paz’, que faz a intermediação do diálogo. Segundo a coordenadora operacional do programa, Liliane Claro de Rezende, 123 procedimentos já foram realizados.
Para a orientadora educacional da unidade Irmão José Genésio, Christiane Andrea, que se formou facilitadora, a Justiça Restaurativa é uma nova ferramenta de trabalho. “Mudou minha visão de ajudar e, principalmente, interferir. Não julgar nem condenar em nenhum momento”. Ainda durante o curso, a profissional já fez círculos de convivência de paz, com bons resultados.
Prestigiaram a cerimônia, a consultora de Justiça Restaurativa, Monica Mumme; o juiz organizador e a chefe da Seção de Justiça Restaurativa da Coordenadoria de Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo, Egberto Penido e Andrea Svicero; o presidente do Parque Tecnológico de Santos, José Rezende; a secretária de Educação, Venúzia Fernandes, entre outros educadores e autoridades.
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