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Muito a mudar, ainda

15/10/2016Da Redação
O Brasil passa por um período de grandes mudanças, impensáveis até pouco tempo atrás. Já não é mais o pais em que só pobres, negros e prostitutas vão para a cadeia. Políticos poderosos, grandes empreiteiros e empresários endinheirados estão amargando duras penas de prisão por terem sido flagrados assaltando o Erário. 
 
A lista de candidatos ao xilndró é extensa e tem nomes conhecidos, como Lula da Silva, Eduardo Cunha e Renan Calheiros, entre outros. Mas o processo de mudança não pode ficar restrito ao combate à corrupção. É preciso reduzir as desigualdades e garantir à sociedade que todos os brasileiros são iguais perante a lei, como prega a Constituição.
 
O Brasil é regido, em pleno século 21, por um sistema de castas, cruel e silencioso. Nele os brasileiros são divididos em cidadãos de primeira e segunda classe. É o que permite, por exemplo, que a aposentadoria de um servidor público custe o equivalente a 28 aposentadorias na iniciativa privada. Ou que juízes recebam duas férias por ano e outras mordomias impensáveis em países mais avançados.
 
Durante a semana mais um fato chocou a opinião pública: a juíza que colocou uma menina de 15 anos na cadeia por 26 dias, com 30 marginais, no Pará, foi enfim “punida”. Ela vai ficar afastada do cargo por dois anos recebendo, pasmem!, salário integral.
 
Só Deus sabe o inferno que a menina passou entre 30 bandidos, quantas vezes foi estuprada, e a distinta meritíssima é “punida” com dois anos de férias remuneradas. É cruel, é triste, ofende a consciência cívica nacional, mas é o retrato do Brasil.
 
Mais do que nunca o processo de mudança exige a participação do conjunto da sociedade.