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A temível austeridade seletiva do governo Temer

13/10/2016Da Redação
A temível austeridade seletiva do governo Temer | Jornal da Orla
Que o poder público não deve gastar mais do que arrecada todo mundo concorda. O problema é a solução adotada pelo governo Temer para fechar as contas do governo federal (congelar os gastos de uma maneira geral, durante 20 anos, ignorando o crescimento da população e, portanto, as demandas por serviços públicos como saúde e educação).
 
A austeridade defendida pelo governo Temer é seletiva. Fala em reduzir despesas mas não lembra a necessidade de arrecadar de quem deveria contribuir mais. No Brasil, o sistema tributário é guloso com os mais pobres (incluindo-se aí a chamada “classe média”) e poupa os mais ricos. Exemplos não faltam: 
 
No Brasil, os donos de carros e motos são obrigados a pagar o IPVA; proprietários de iates, helicópteros e jatinhos não precisam pagar nenhum tributo similar. 
 
O trabalhador comum não foge de pagar imposto de renda (alíquota de até 27,5%). Quem ganha dinheiro no mercado financeiro não precisa (são os “rendimentos isentos e não-tributáveis”). 
 
Ao contrário de outros países, não há imposto sobre grandes fortunas nem sobre transmissão de heranças. 
 
No Brasil, a lista de “artigos de luxo” tributáveis é tão falha que deixa de fora produtos como uma pulseira de pérolas em ouro branco 18 quilates e diamantes. 
 
Sem falar nas isenções, desonerações, incentivos e financiamentos com juros subsidiados concedidos a setores específicos que, no ano passado, totalizaram uma renúncia  fiscal de R$ 850 bilhões.
 
Se não for PT, tá bom
O prefeito Paulo Alexandre Barbosa diz que não vai interferir na eleição para presidente da Câmara de Santos, mas não esconde que ficaria satisfeito se o cargo fosse ocupado por Sadao Nakai ou Kenny Mendes (ambos do PSDB). Oficialmente, limita-se a dizer: “Se não for a Telma nem o Chico (os dois do PT), para mim está bom”.

Mais em alta do que nunca

Os resultados nas eleições municipais consagraram a força do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e de outro personagem, discreto, mas extremamente habilidoso e decisivo: o vice-governador Márcio França (PSB). Além de ter contribuído para as vitórias de sete candidatos tucanos na Baixada Santista e um aliado do PMDB (que vem a ser o seu cunhado) em São Vicente, França também ajudou o médico Walter Suman (PSB) a chegar ao segundo turno em Guarujá. 
Como as chances de Alckmin ser o candidato a presidente do PSDB em 2018, aumentaram (e muito) as possibilidades de França ser o candidato de Alckmin para sucedê-lo no Governo do Estado.