Para que um país possa evoluir a atingir um patamar que garanta boas condições de vida para sua população é fundamental que se invista em Educação. Isso é consenso entre especialistas e tem sido comprovado ao longo do tempo por nações que alcançaram níveis de desenvolvimento acima da média.
Apesar de estar entre as 10 maiores economias do planeta, o Brasil continua sendo um país de grandes contrastes, extremamente desigual e que oferece poucas oportunidades aos mais jovens. Os níveis de educação oferecidos, com raras exceções, estão muito abaixo do recomendado. Chegam, em muitos casos, a ser sofríveis.
Infelizmente a Educação nunca foi tratada como deveria no Brasil. Políticos usam o tema para conseguir votos, mas, ao chegar ao poder, novamente com raras exceções, poucos são os que, de fato, priorizam o setor. Basta ver a média salarial dos educadores no país e a forma como eles são tratados.
Pela importância da Educação na construção de uma grande nação, causa profunda estranheza que o governo Temer anuncie uma reforma no setor por intermédio de uma medida provisória, um instrumento autoritário que atropela o debate.
Ao chegar ao poder de forma polêmica, com a desconfiança da maioria do eleitorado, Temer deveria ter o cuidado de ampliar o debate, jamais de suprimi-lo, ainda mais quando se trata de uma questão crucial para o futuro da Nação.
A reforma anunciada pelo governo torna opcionais para o ensino médio as aulas de filosofia, sociologia, artes e educação física. Sem entrar no mérito se a proposta é boa ou não, a questão é que um tema dessa natureza teria de ser, necessariamente, debatido profundamente pela sociedade brasileira e não, apenas, alvo de uma medida provisória. Não será agindo dessa maneira que o governo Temer irá conquistar a confiança dos brasileiros.
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