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Quando o filho é feio, ninguém quer ser o pai da criança. E esta máxima da sabedoria popular foi confirmada na calada da noite de segunda-feira (19), quando a Câmara federal tentou aprovar um projeto que dá anistia aos políticos flagrados usando caixa 2 em campanhas eleitorais.
O deputado Beto Mansur (PRB), que presidia a sessão, não quis revelar o autor da emenda que previa tal benefício. Mas que os nomes sejam dados aos devidos bois. A proposta contou com o apoio de PSDB, DEM, PP, PMDB, PR (partidos da base de apoio do governo Temer) e do PT! Em resumo, os partidos dos políticos envolvidos na Operação Lava Jato. “Todos os líderes sabiam do projeto”, garante Mansur.
Boca no trombone
A manobra só não deu certo porque foi descoberta por parlamentares do PSOL e da Rede, especialmente Miro Teixeira (Rede-RJ) e Alessandro Molon (Rede-RJ).
Me inclua fora dessa
Beto Mansur, que comandava os trabalhos porque o titular (Rodrigo Maia, PSD-RJ), ocupa interinamente a Presidência da República, jura que não sabia do que se tratava o projeto. “Olhei pro plenário, não vi os líderes que defendiam o projeto. Então falei: ‘Vou tirar essa merda de pauta porque não vou ser eu a me desgastar com uma coisa que eu não tenho nada a ver’. Não sou o pai dessa criança e não vou assumir absolutamente nenhuma responsabilidade”, declarou.
Empresário acusa deputado
Empresário acusa deputado federal de usar notas frias
O deputado federal Marcelo Squassoni (PRB-SP) está sendo acusado de ter usado notas fiscais frias para justificar um gasto de R$ 28 mil de sua cota parlamentar. A denúncia parte do dono da Tess Tecnologia em Sistemas de Seguranças Ltda, que nega ter emitido oito notas fiscais, no valor de R$ 3,5 mil cada uma, apresentadas à Câmara pelo parlamentar. O empresário José Eduardo dos Santos afirma que nunca recebeu o dinheiro e não prestou nenhum serviço.
É palhaçada política, diz parlamentar
Squassoni ficou indignado com a acusação. “Eu vou processar esse vagabundo (José Eduardo dos Santos). Isso é uma palhaçada política, isso é típico dessa política nojenta que existe nesse momento em Guarujá”, disse.
Segundo ele, o pagamento se refere à instalação de sistema de monitoramento por câmeras em seu escritório político em Guarujá, feita pelo sócio de Santos. “O serviço foi feito. Não há nada de errado”.
O caso foi encaminhado para a Procuradoria-Geral da República, já que o deputado tem foro privilegiado. Squassoni afirma que pediu para a Polícia Federal investigar o caso.
Plano B
Diante da decisão do juiz Sérgio Moro, de aceitar a denúncia contra o ex-presidente Lula, o PT e seus aliados começam a desenhar um “plano B” para as eleições presidenciais de 2018. Com o risco cada vez maior de Lula ser condenado e tornar-se inelegível, aumentam as chances do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) ser o candidato dos partidos de esquerda.
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