O grande vilão da era moderna, taxas inadequadas de colesterol no sangue, estimula as pesquisas para o seu controle e novos medicamentos têm sido lançado como promissores. A dislipidemia acontece quando os níveis de LDLc ou de triglicerídeo estão aumentados ou quando o de HDLc está diminuído.
A dislipidemia é a causa do ateroma ou das placas de gordura nos vasos. Essas placas obstruem a circulação sanguínea e induzem a formação de trombos, que são coágulos sanguíneos que reduzem ainda mais o fornecimento de sangue para órgãos importantes, causando a morte de seus tecidos, como no infarto agudo do miocárdio ou no AVC (acidente vasculocerebral).
O colesterol é uma substância endógena, isso significa que é naturalmente produzida pelos organismos. Tem diversas funções importantes e, portanto, precisam circular pelo sangue para estar disponível para essas ações biológicas. O colesterol circula associado a outras substâncias e, nessa condição, constitui as lipoproteínas HDL e LDL, as duas mais conhecidas.
O colesterol também circula no sangue associado a gordura ingerida, os triglicerídeos. O aumento em suas taxas sanguíneas está fortemente associado à condição da obesidade e ao tipo de alimentação, muito gordurosa. Porém, o aumento do LDLc pode ser por causa genética, não necessariamente associada ao estilo de vida. Nessa condição, apenas emagrecer ou se alimentar corretamente não basta. É preciso medicação. As estatinas (sinvastatina, rosuvastatina e outras) são os medicamentos de escolha. Seus resultados, no geral, são similares, podendo ter pequenas variações individuais. Estima-se que as estatinas reduziram em 30% a morte por problemas cardiovasculares.
Em condições de maior gravidade, apenas as estatinas não resolvem e precisam ser associados a outros medicamentos. Novas propostas terapêuticas estão sendo propostas. As estatinas foram lançadas um pouco mais de 25 anos atrás e há dez anos uma nova linha de pesquisa foi construída que parece que irá otimizar os tratamentos no qual as estatinas não respondem adequadamente.
São medicamentos baseados em anticorpos produzidos por biotecnologia e que destroem uma proteína denominada PCSK9, responsável pela diminuição do aproveitamento celular do colesterol. Quando mais as células aproveitarem o colesterol menor será a taxa circulante e, portanto, menor o dano causado pelo seu excesso.
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