Cantoras negras de gêneros e gerações diferentes são algumas das atrações confirmadas para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, que acontece daqui a três dias, no Maracanã. O espetáculo, com direção criativa de Daniela Thomas, Fernando Meirelles e Andrucha Waddington, começa às 20h e deve ser assistido por 3 bilhões de pessoas ao redor do mundo.

 

Elza Soares é a veterana e representante da MPB, enquanto Karol Conka e MC Soffia levam o rap e o hip hop de mensagens poderosas para ecoar além dos muros do estádio. A curitibana Karol ficou conhecida do grande público com a música “Tombei” (2014), usada na abertura do seriado “Chapa Quente”, da Globo. Já a paulistana MC Soffia, de apenas 12 anos, tomou as redes sociais com videoclipes que falam contra o racismo, com “Menina Pretinha”.

 

A música pop e o funk melody chegam pela voz de Ludmilla, de Duque de Caxias (RJ), famosa pelos hits “Fala Mal de Mim” (2012) e “Hoje” (2014). No mês passado, ela foi uma das condutoras da tocha Olímpica em Florianópolis e até cantou para os fãs. “Achamos bom não termos só figurões na cerimônia. Temos a cultura popular também”, disse ao Rio2016.com o diretor Fernando Meirelles. Entre os “figurões” confirmados estão os baianos Gilberto Gil e Caetano Veloso, que se apresentam ao lado da cantora carioca Anitta, febre nacional com seus três álbuns lançados desde 2013. “O Caetano sugeriu a Anitta, considera-a uma grande cantora. Realmente ficamos impressionados, ela tem uma técnica absurda, sua interpretação é linda”, comentou Meirelles.

 

Outra celebridade é a modelo Gisele Bündchen, que deve desfilar na frente de sua maior audiência. A brasileira transexual Lea T, modelo que já fez campanhas para grandes grifes e revistas europeias, também foi confirmada. Ela será a primeira transexual numa cerimônia de abertura Olímpica com papel de destaque. Mas qual será a participação dela ainda segue um mistério. “A mensagem será muito clara: inclusão. Todos, independente de gênero, orientação sexual, cor, raça ou credo, somos seres humanos e fazemos parte da sociedade. Meu papel na cerimônia, num universo micro e representativo, ajudará a transmitir esta mensagem”, disse Lea T à BBC Brasil.