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Alzheimer: novas perspectivas

30/07/2016Da Redação
Alzheimer: novas perspectivas | Jornal da Orla
O número de pessoas com Doença de Alzheimer (DA) tem crescido na mesma proporção do aumento do envelhecimento médio da população mundial e brasileira. Estima-se que sua prevalência esteja em torno de 1,5% da população com até 65 anos. Proporção que aumenta com o avançar da idade, podendo chegar a média de 30% daqueles com 80 anos ou mais. Sem dados objetivos, acredita-se que haja um milhão de pessoas acometidas pela doença no Brasil.
 
Não existe, até o momento, nenhuma perspectiva de cura para DA, apesar da doença ter sido descrita há mais de 100 anos. O indivíduo doente tem sua capacidade cognitiva e funcionalidade diminuídas, além de apresentar mudanças comportamentais. Na década de 1980 surgiram as primeiras hipóteses para explicar sua origem. Uma delas considera que haveria a diminuição da acetilcolina no cérebro, responsável por várias funções neuronais.
 
A atual terapêutica para a DA busca manter os níveis de acetilcolina aumentados, ao reduzir sua degradação natural que ocorre no organismo. As substâncias aprovadas, no Brasil, para casos de demências leve e moderada, são a rivastigmina, a donepezila e a galantamina. Não é uma terapêutica curativa e a resposta pode ser bastante individual. Busca-se menor expressão da doença e os bons resultados no início do tratamento, podem estabilizar com o tempo. 
 
As pesquisas sobre a doença continuam. Muitas substâncias foram testadas, mas nenhuma conseguiu atravessar todas as fases da pesquisa. Algumas dessas substâncias chegaram a ser testadas em humanos doentes, mas não mostraram vantagens em relação a eficácia ou segurança ao que já está proposto. Assim, o lançamento comercial não foi autorizado em nenhum país.
 
Em 2016, uma empresa escocesa apresentou resultados de pesquisa em nova abordagem terapêutica: a redução nos danos cerebrais causada pelo depósito de placas amiloides de proteínas. Esses estudos, segundo o laboratório, tiveram resultados positivos na fase III da pesquisa clínica, quando a substância foi testada em pessoas acometidas, garantindo-se que os benefícios superam os riscos no uso do medicamento. Porém, alguns pesquisadores da área são reticentes em aceitar tal sucesso. Declararam que a melhora conseguida não foi suficiente, apesar de acreditarem que essa abordagem possa ser promissora. Então, por ora, há de ser reticente quanto às informações sobre resultados muito significativos para essa doença, cada vez mais presente na humanidade.
 
Se ainda tiver dúvidas, encaminhe-as para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.