A infecção por HIV e seu agravamento, a AIDS, têm mantido números estáveis de casos em nível nacional. No ano de 2015, houve pequena redução, porém isso não aconteceu de maneira uniforme em todas regiões do país. Isso significa que cresceu em alguns estados e municípios, e reduziu em outros. Segundo dados oficiais de 2015, a Baixada Santista, no Estado de São Paulo, apresenta a maior incidência relativa a cada 100.000 habitantes.
A terapia medicamentosa contra o HIV é muito estudada e sempre surgem novas propostas. Ainda não se conseguiu a remição da infecção, portanto não há cura, apenas controle da quantidade de vírus circulante no sangue. O grande objetivo da terapêutica é o de reduzir ao máximo a quantidade de vírus no sangue, para ser indetectável nos exames laboratoriais, e que estão cada vez mais sensíveis.
Há três propostas para a terapia medicamentosa: a) o controle dos sabidamente infectados; b) a de impedir a infecção imediatamente após a exposição (p. ex. após acidentes profissionais ou sexo desprotegido); c) e, mais atualmente, como profilaxia pré-exposição (PrEP) para os que tem vida sexual ativa de alto risco.
Essa última proposta é polêmica porque pode dar a sensação de que a infecção por HIV e a AIDS estão sob controle e que o uso de preservativo durante o sexo é desnecessário. A proposta está ratificada pela Organização Mundial da Saúde em documento emitido em 2015. Porém, há de se ressaltar que a OMS apresenta o tratamento dentre de uma extensa política de prevenção.
O HIV é um vírus que, em seu desenvolvimento, introduz seu código genético no DNA da célula do corpo infectado. As principais células infectadas são as de defesa, os linfócitos, diminuindo a capacidade de defesa do corpo, permitindo a infecção por micro-organismos diversos. Essas infecções levam o indivíduo à morte. Nessa fase, denominada como AIDS, além das infecções, outras patologias podem surgir, como alguns tipos de câncer.
A medicação antirretroviral impede que o vírus se multiplique, mas não consegue destruir o material genético já inserido no DNA da célula infectada. Por isso é possível seu uso preventivo. Mas seu efeito é exclusivo ao vírus HIV, não agindo contra as demais infecções sexualmente transmitidas, como gonorreia ou sífilis.
Se ainda tiver dúvidas, encaminhe-as para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail
[email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.
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