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Luz no fim do túnel

23/07/2016Da Redação
Os últimos números divulgados indicam que a economia brasileira finalmente parou de cair e já há projeções de especialistas no sentido de que o crescimento, ainda que tímido, pode ser retomado no próximo ano. O cenário ainda é bastante adverso, principalmente para os mais de 11 milhões de desempregados e, também, para micros, pequenos e médios empresários, que sofrem com a alta dos juros e a queda da demanda.
 
O que é importante destacar, no entanto, é que já há uma luz no fim do túnel e a esperança de que o período mais difícil da crise começa, enfim, a ser superado. Mas para que o Brasil retome o crescimento, e de forma sustentável, são necessárias profundas reformas, que demandam credibilidade política e compromissos com o país. E é pouco provável que isso ocorra com o governo Temer e com um Congresso formado por dezenas de parlamentares acusados de envolvimento no assalto aos cofres públicos.
 
A maioria dos governos praticou uma verdadeira farra com o dinheiro do contribuinte e o resultado disso são cidades, estados e o país literalmente quebrados. A Lei de Responsabilidade fiscal foi atropelada por políticos irresponsáveis (alguns ladrões) e a situação agora exige, mais do que nunca, medidas amargas. Reformas da Previdência, Trabalhista e Política são algumas das principais exigências para que o Brasil volte a ter credibilidade e receba investimentos, externos e internos.
 
É fundamental, também, acabar com privilégios. Como é possível que a Previdência gaste com um servidor público aposentado o equivalente a 28 aposentadorias pagas para quem se aposenta pela iniciativa privada? Corrigir distorções, ainda que de forma gradual, é inevitável, mas esse processo passa por um amplo debate com a sociedade brasileira, como defende o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung.
 
No atual cenário, parece claro que o governo Temer é apenas um governo de transição. As reformas necessárias só virão num governo que tenha a legitimidade das urnas e o aval da sociedade para as mudanças que vão colocar o Brasil na rota do crescimento sustentável.