Identificar um suicida em potencial é extremamente difícil, mas existem alguns indícios que podem indicar a vontade de acabar com a própria vida. “São mudança de comportamento, como passar senha de banco à família, conversas frequentes sobre o tema morte ou que a vida “não tem sentido” são alguns indicativos que podem ajudar na detecção”, explica o psiquiatra Sidney Gaspar, professor do Departamento de Psiquiatria da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), que no mês passado ganhou o Prêmio Lundbeck de Incentivo à Pesquisa, no World Congress on Brain, Behavior and Emotions, realizado na Argentina.
“As pessoas ao redor daquele que resolve tirar a própria vida se perguntam muito o porquê da decisão, ou se sentem rejeitadas. O ato afeta muito além do suicida, reflete intensamente em seus familiares e amigos”, pondera Gaspar, que também atua na Seção de Vigilância Epidemiológica da Prefeitura de Santos.
Idosos
No estudo a respeito dos suicídios ocorridos em Santos, ao longo de 15 anos, ele descobriu que 25% ocorreram entre idosos. Outro dado que chama a atenção é a cidade ter mais casos (6,5 a cada 100 mil habitantes) que a média nacional (5 para cada 100 mil). Entre os homens da terceira idade, o número é mais preocupante ainda: são 18 suicídios para cada 100 mil moradores. Dos homens, 46,8% eram casados; das mulheres, 47,7% eram viúvas.
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